Cuidado com o golpe! Quadrilhas continuam tentando extorquir professores

A diretoria colegiada do Sinpro-DF alerta a todos e todas para a ação das quadrilhas que continuam aplicando os golpes telefônicos para extorquir professores(as) e orientadores(as) educacionais. As tentativas de extorsão são variadas e a ousadia também. Usam nomes de diretores, de advogados e de funcionários do sindicato, bem como os números de telefone da entidade, papel timbrado, informações reais sobre a vítima e tudo o mais que for possível para darem tom de veracidade ao golpe. Não caia!

 

Na mais recente tentativa, ocorrida há poucos dias, usaram nome da diretora Silvia Canabrava. Não só usaram o nome dela, como também enviaram documento com papel timbrado do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Felizmente, a vítima não caiu na cilada. O professor abordado, que prefere não ser identificado, relata que recebeu uma ligação em que o golpista se apresentava como advogado do Sinpro-DF.

 

Com linguagem técnica, própria dos advogados, o golpista sabia dados pessoais da vítima, como CPF, data de nascimento, nome do pai e da mãe. Para forjar autenticidade, o golpista enviou um documento falso ao professor, com papel timbrado do TJDFT, em nome da dirigente do Sinpro-DF Silvia Canabrava.

 

O documento trazia números de telefone para que a vítima entrasse em contato. Ainda na ligação telefônica, o criminoso disse que o professor deveria realizar a transferência de R$ 28 mil. O valor viabilizaria o recebimento de R$ 154 mil referente a pagamento de precatório. “Eles são totalmente convincentes”, alerta a vítima.

 

“O Sinpro nunca solicitou nenhum tipo de transação bancária para que os professores recebam precatório”, alerta a dirigente Silvia Canabrava. Ela lembra que, ao identificar a farsa, a vítima deve ligar, imediatamente, para um dos números do Sinpro-DF disponíveis no site da entidade (AQUI ou AQUI).

 

“Modus operandi”

 

O uso do nome da diretora Sílvia é apenas mais um dos formatos do golpe. Geralmente, os criminosos fazem contato por telefone ou Whatsapp, se apresentam como funcionários do Sinpro ou do escritório de advocacia que presta serviço ao sindicato. Forjam documentos com logomarcas, timbres e fotos e apresentam dados pessoais da vítima para dar autenticidade ao golpe.

 

Uma das últimas modalidades desse golpe se aproveita dos precatórios que os(as) educadores(as) têm a receber. Ligam e solicitam um pagamento para liberar o valor. Por isso, mais uma vez, o sindicato reafirma e alerta: o Sinpro-DF não solicita nenhum tipo de transferência de valores! Se o professor(a) ou orientador(a) educacional receber qualquer chamada em nome do Sinpro solicitando dinheiro por Pix, transferência ou depósito, é golpe! Não caia!

 

Ao identificar a farsa, ligue, imediatamente, para um dos números do Sinpro-DF disponíveis no site da entidade. A diretoria colegiada já denunciou várias vezes a situação à Polícia Civil do Distrito Federal e continua atenta para que não haja nenhum tipo de prejuízo às(aos) filiadas(os). Também apareceu numa reportagem do DFTV, da Rede Globo (clique aqui e acesse ao VT da matéria) , que abordou os diversos golpes digitais que criminosos têm aplicado em professores(as) e orientadores(as) educacionais.

 

Veja, a seguir, as diferentes modalidades de golpe:

 

Golpe 1

 

Em uma nova artimanha para tentar lesar professores(as) e orientadores(as) educacionais, criminosos tem ligado para a casa de educadores(as) informando que foi liberado o alvará de precatório para pagamento. Em seguida, dizem que a vítima tem mais de R$ 100 mil para receber, pedem para ligar no número 99639-2111 e solicitam depósito de um valor na conta: NEXT 237 – AG: 3728 – CONTA 609240-3 (Anderson Fabio de Oliveira – CPF: 031.729.793-77). É importante ficar atento porque toda a conversa é feita em aplicativo com a logo do sindicato.

 

Golpe 2

 

Para o furto via telefone, usam vários nomes. Atualmente, o nome “Cláudia Maria Rodrigues” que utiliza o telefone fixo 3181-0041 e, o celular/WhatsApp, 96519820 é um dos denunciados pela categoria. O Sinpro-DF informa que o nome “Cláudia Maria Rodrigues”, utilizado pela quadrilha, pertence a uma advogada que também está sendo duramente prejudicada pelo bando. Ela avisou ao sindicato que já denunciou o caso à polícia e tem Boletim de Ocorrência para comprovar o uso indevido do nome dela. O outro nome usado é “Leonardo Mota” (Núcleo Bancário), com o telefone 31810285. Um terceiro nome identificado é “Dr. Marcelo Ricardo” e o número de telefone 998497364.

 

O golpista identificado como “Dr. Marcelo Ricardo” usa a seguinte referência para enganar e furtar dinheiro e outras informações dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais: “Dr. Marcelo Ricardo – 998497364. Tribunal de Justiça do DF e Territórios, contatos: 31810041 e 9 9601-1693. Na mensagem, o golpista dr. Marcelo Ricardo também informa que a pessoa deve ligar para o Tribunal e falar com o Núcleo de Precatório com dra. Cláudia Maria Rodrigues. Protocolo de liberação de precatório 06142117112021”.

 

Golpe 3

 

Para extorquir dinheiro das vítimas, a pessoa que realiza a chamada se passa por diretor, ex-diretor ou funcionário da Secretaria de Assuntos Jurídicos, Trabalhistas e Socioeconômicos do Sinpro-DF. Segundo denúncias realizadas ao sindicato, em alguns casos, o golpista se apresenta como Dr. Daniel ou Dr. Dimas, e chega a utilizar em sua foto de perfil de WhatsApp a logomarca do Sinpro-DF. Em seguida, o farsante solicita depósito em conta bancária vinculada a uma suposta pessoa com nome de Priscila.

 

Golpe 4

 

O novo golpe envolve transferência por PIX, ocorreu, na sexta-feira (27/8), com uma professora da rede pública de ensino e denunciado pela primeira vez agora. A professora, que não identificamos para preservar sua identidade, conta como a quadrilha age para furtar o seu dinheiro. 

 

Ela relatou ao Sinpro-DF que descobriu o novo golpe da pior forma possível. E conta que recebeu uma ligação no telefone fixo da casa dela. “Uma mulher, que se identificou com o nome Patrícia e como funcionária da área de segurança do BRB, queria saber se eu estava tentando fazer transferência por PIX no valor de R$ 2.800,00. Eu respondi que não. Ela então me orientou a ligar para o número RBR 3322-1515, o qual, realmente, é do BRB, mandou digitar a opção 9 para denunciar essa tentativa de fraude e me forneceu um número de protocolo”, conta a professora.

 

Ela fez a ligação e quem a atendeu foi uma funcionária de nome Tainá Albuquerque, que disse à professora o número do CPF, a data de nascimento, nome da mãe dela tudo corretamente e pediu  a ela para confirmar. Após coletados esses dados, a tal funcionária disse que precisava que a professora entrasse no aplicativo do BRB  em seu celular para  baixar  outro aplicativo  e  impedir  que  fraudassem  a conta dela. “Foi aí que percebi que estava fornecendo dados pessoais e que havia feito tudo o que não devia e digitei senhas de conta, do banknet, do PIX e tudo o mais. Eu estava numa espécie de demência, alheamento, que não percebia o golpe”, relata a professora.

 

Enquanto ela passava todos os dados pessoais para a falsa funcionária, a golpista afirmava estar  instalando o  tal recurso  de  segurança. “Como a conversa estava muito demorada, resolvi  acessar  meu  saldo do BRB no computador e já era tarde demais. Constava um empréstimo parcelado R$ 37 mil e mais dois  PIX  nos  valores de  R$ 21 mil e  R$ 16 mil do valor do empréstimo. Foi aí que minha ficha caiu e a ligação também. Meu celular foi, totalmente, desconfigurado”, conta a professora.

 

Ela disse que foi ao BRB comunicar o problema e descobriu que o empréstimo  foi  feito  em  33  parcelas de  R$ 2.100,00. “O gerente disse que se a análise do banco não for favorável a mim eu  terei  que  pagar as  parcelas do empréstimo até  que  saia o  resultado  do processo de  rastreamento da  operação do PIX. Disse também que se nada for provado, eu  fico  com o prejuízo de R$ 71.000,00. Simples assim”, relata.

 

A professora diz que “o gerente  foi  muito  prestativo  e  educado, fez  as  ligações  internas  para  iniciar  o  processo administrativo,  mas,  infelizmente , como  o  dinheiro saiu  da  minha  conta  não tem como  extornar e nem cancelar o tal empréstimo. Fui  à delegacia e  registrei a  ocorrência. É uma sensação horrível e humilhante de culpa, vergonha e raiva de mim mesma e  do  mundo.