Congresso pode voltar a discutir projeto sobre Educação integral

Proposta de emenda constitucional que amplia a jornada escolar da rede pública para 7 horas é considerada prioridade para líderes partidários da Câmara, porém a PEC 134/07, divide opiniões.
O texto diz que a ampliação da carga horária valerá para a educação infantil, fundamental e médio. As escolas teriam até 2020 para implantar o novo regime, que incluiria atividades opcionais extraclasse.
O PNE propõe algo similar, ao oferecer o ensino em tempo integral, gradativamente, pelos próximos dez anos nas escolas públicas.
Rosilene Corrêa, do Sinpro-DF, avalia que obrigar as escolas a ampliarem a carga horária sem as condições para isso pode tornar precário o sistema educacional.
“Primeiro, as escolas não têm espaço físico adequado para manter esses alunos lá o dia todo. Em muitos casos, estão considerando como tempo integral, mas os alunos são remanejados para atividades em outras áreas, como por exemplo, escolas-parque”, diz a sindicalista.
“O aluno vêm de uma escola regular e é atendido uma ou duas vezes por semana na escola-parque e isso entra na cota de tempo integral. Outro dia, ele vai para o CIL (Centro Interescolar de Línguas). Enfim, uma acomodação, porque nossas escolas não estão preparadas, não estão estruturadas para isso. Para ter o aluno o tempo todo na escola, você tem que reduzir o número de alunos por cada escola, para que tenha espaço físico para manter esse aluno lá”, acrescenta Rosilene.
A proposta de emenda à Constituição em discussão na Câmara determina que para a implantação progressiva do ensino integral, estados e municípios contarão com “apoio técnico e financeiro” da União. Estima-se que seriam necessários R$ 20 bilhões para adotar a jornada de sete horas em todas as escolas públicas do País.
(Com informações da Agência Câmara)