Conferência Nacional de Educação pedirá revogação do Novo Ensino Médio

Um dos pontos mais debatidos durante a Conferência Nacional de Educação (CONAE) foi o Novo Ensino Médio (NEM), ponto que tem gerado uma série de crítica por parte de educadores(as), estudantes, sindicatos ligados à educação e da comunidade escolar como um todo. Após os dias de conferência, o documento final da CONAE será entregue ao ministro da Educação, Camilo Santana, propondo a revogação do Novo Ensino Médio.

O coordenador do Fórum Nacional da Educação (FNE), Heleno Araújo, explica que são necessárias ações de combate às desigualdades com financiamento da educação e pelo menos 10% do PIB brasileiro para a área. O documento, segundo o governo federal, deve orientar o projeto de lei para um Plano Nacional da Educação nos próximos 10 anos. Heleno ainda exemplificou que as desigualdades de acesso fazem com que 2 milhões de crianças e adolescentes, de 4 a 17 anos, fiquem sem acesso à escola, além dos 74 milhões que não concluíram a educação básica. “Há 40 milhões de matrículas e temos 76 milhões de fora, ou seja, quase o dobro do que nós temos de pessoas na escola. É preciso garantir que as pessoas acima de 18 anos possam voltar para a escola.”

O coordenador do FNE afirma que o documento pedirá planejamento e continuidade da aplicação das políticas educacionais, independentemente de quem esteja na gestão de um município. “A legislação brasileira prevê a obrigação de todas as pessoas dos 4 aos 17 anos estarem na escola”. Araújo acrescentou que o documento deve defender a efetividade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para que os municípios alcancem objetivos e metas para receber repasses da União. “Há, por exemplo, muitos professores temporários. É necessário ter metas para estimular que municípios e estados cumpram as estratégias e que haja continuidade e segurança para quem trabalha com educação pública”.

 

Com informações do site UOL

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