Comunidade escolar e imprensa refutam atitudes que cerceiam a educação

Após mais ataques da deputada distrital Sandra Faraj (SD) e do deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN) contra a liberdade de ensino dos(as) professores(as) nas escolas públicas, a reação foi imediata e veio de todos os lados: do próprio Sindicato, da comunidade escolar, da Secretaria de Educação e dos próprios deputados distritais.
Recentemente, a deputada mandou um ofício para a o Centro Educacional 06 em Ceilândia, criticando a conduta de um professor que lecionava a respeito do tema transversal da diversidade. Da mesma forma, Delmasso também mandou documento ao Centro Educacional 07, o maior da Ceilândia, pedindo esclarecimentos sobre uma peça teatral encenada pelos(as) alunos(as) sobre a cultura africana (inserida em um projeto aprovado e financiado pelo MEC).
O Correio Braziliense, abordou o episódio criticando a postura da deputada, com matérias veiculadas na quarta-feira (6) e nesta quinta-feira (7):
Especialista e outros parlamentares criticam a atitude de Sandra Faraj ou aqui.
Turma de escola do DF fez festa junina em que noivo foge com outro homem ou aqui.
Secretaria de Educação defende aulas sobre sexualidade na rede pública ou aqui.
Da mesma forma, o assunto foi repercutido no Jornal de Brasília, nas colunas “Ponto do Servidor” e “Do Alto da Torre”. Nesta última, o deputado distrital Chico Vigilante (PT), foi enfático: “isso é o mais completo absurdo. O professor tem o dever de levantar essas discussões em sala de aula. O que a deputada está fazendo é censura”.
Também teve espaço no portal Metrópoles, com a Secretaria de Educação afirmando que “trabalha por uma educação para a diversidade, que busca implementar ações pedagógicas voltadas para o diálogo, o reconhecimento e a valorização de diferentes grupos sociais”.
O professor Leandro Karnal, também opinou no programa “Roda Viva”, da TV Cultura.
Nos últimos dias, a comunidade escolar está telefonando assiduamente para o Sindicato, tanto na Sede quanto diretamente para seus diretores, se solidarizando e pedindo ações mais rígidas para que estes projetos que censuram a educação (tanto de Sandra Faraj, quanto de Rodrigo Delmasso) fiquem na gaveta do esquecimento.
Por parte do Sindicato, providências serão tomadas. Uma delas será o 2° Dia de Lutas contra a Mordaça, que será no próximo dia 14 de julho, quando os(as) professores(as) se vestirão de branco e ocorrerá o “twittaço” no Twitter. Participe!