Combate ao trabalho infantil é tema de live, nesta sexta (9)

No Brasil, 2,4 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos estão em situação de trabalho infantil. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC), em 2016, e mostram que o trabalho infantil é um dos mais graves problemas do país. Sob uma perspectiva humana, social e econômica, o Sinpro-DF realizará a live “Os desafios do trabalho infantil no Brasil e no mundo”, nesta sexta-feira (9), às 19h. A atividade terá a participação da procuradora do Trabalho e coordenadora nacional da Coordinfância/MPT, Ana Maria Villa Real, do secretário de Relações Internacionais da CUT Brasil e Membro do Conselho da OIT, Antônio Lisboa, e do diretor do Sinpro-DF Cleber Soares. A transmissão será realizada pelas páginas do Sindicato no Facebook e Youtube.

“O Sinpro tem a responsabilidade social de abordar esse tema. O trabalho infantil subtrai das crianças o direito à infância, à educação, e tem repercussão na própria sociedade. O trabalho infantil impossibilita a formação de indivíduos, principalmente os que estão em vulnerabilidade econômica, refletindo em uma sociedade que tem como marca a precarização dos trabalhos e os salários rebaixados. Essa condição, na ponta, reflete na própria economia do país”, afirma Cleber Soares.

Segundo o estudo da PnadC, a maior concentração de trabalho infantil está na faixa etária entre 14 e 17 anos, somando 1,94 milhão. Crianças de cinco a nove anos somam 104 mil exploradas pelo trabalho infantil.

A maioria das 2,4 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil está nas regiões Nordeste (33%) e Sudeste (28,8%), sendo que 59,2% do total são de área urbana e 40,8% de área rural.

Segundo o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), crianças negras estão inseridas em maior número no trabalho infantil que crianças não negras. Pela pesquisa, são 1,4 milhão de crianças negras e 1,1 milhão não negras neste tipo de exploração.