Combate a ataques neoliberais unifica debate no 13º Cecut

Diante do ataque neoliberal contra a classe trabalhadora, que tem o objetivo de ajustar as contas públicas à custa da retirada de direitos históricos, os princípios da CUT, de solidariedade de classe, autonomia e liberdade sindical e mobilização pela base deverão ser fortalecidos para que se possa fazer o enfrentamento ao capital. A avaliação é do presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, durante a abertura do 13º Cecut Brasília, nesta quinta-feira (28). O Congresso é realizado na sede da Contag, no Núcleo Bandeirante, até 30 de maio.
“O mais importante é mantermos a coesão dos trabalhadores para resistir na luta, mesmo diante de todos os desafios impostos pelas políticas que vão contra os direitos conquistados pela classe trabalhadora”, discursou Rodrigo Britto.
As falas de todos os representantes da CUT Nacional e do vice-presidente da Contag, Willian Clemente, convergiram na gravidade da aplicação do plano de ajuste fiscal anunciado desde dezembro pelo governo federal. Segundo os CUTistas, as ações vão totalmente na contramão dos compromissos assumidos pela presidenta Dilma Rousseff nas últimas eleições, de garantia de direitos e avanço em conquistas. “Esse plano Levy é um suicídio político. Se é para equilibrar contas, que se taxe os ricos. Não venha mexer com a classe trabalhadora”, disse o diretor executivo da CUT Nacional, Julio Turra.
“Capital e trabalho travam seu maior embate nos últimos 10 anos. Temos que ir para as ruas, bater no governo quando for preciso, cobrar uma postura séria do Congresso para garantir nossa pauta”, avalia a secretária de Relações do Trabalho da CUT Nacional, Graça Costa. “A CUT aponta o caminho, mas é a classe trabalhadora que faz o enfrentamento”, completa a vice-presidenta da CUT Brasília, Cleusa Cassiano, ressaltando a importância do protagonismo dos trabalhadores e trabalhadoras para a construção do socialismo.
De acordo com Carmem Foro, vice-presidente da CUT Nacional, a militância da CUT Brasília deu exemplo no combate aos ataques do Congresso Nacional e aos posicionamentos equivocados do governo federal. “Uma militância de combatividade, compromisso e solidariedade”, adjetivou a dirigente CUTista.
O 13º Cecut Brasília conta com a participação de 466 delegados e delegadas, que representam diversas categorias dos setores públicos e privados, do campo e da cidade. Além de discutir a conjuntura e eleger a próxima direção da CUT Brasília, o 13º Cecut Brasília tem como principal objetivo traçar um plano de lutas para garantir o avanço da classe trabalhadora e construir um Brasil mais justo e igualitário.
Nesta sexta-feira (29), o primeiro momento do Congresso será a partir das 10h na Praça do Buriti, onde servidores e trabalhadores terceirizados, apoiados por manifestantes de outras categorias, realizarão ato contra o retrocesso, com cortes orçamentários, alterações de aposentadoria, ameaças de demissões, aumento de tributos, e cortes de 20% nos serviços de terceirizados. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta e Paralisação, chamado pela CUT. Quase todas as categorias promoverão atos e paralisações nesta sexta, para protestar contra o PL 4330, as medidas provisórias 664 e 665 e outros ataques.
O Cecut prosseguirá às 16h com discussão da Conjuntura Internacional, Nacional e Local.
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