Coletivos da CNTE planejam ações para 2015

Nesta terça-feira (24), os coletivos da CNTE de gênero, antirracismo Dalvani Lelis, saúde e funcionários estão reunidos em Brasília (DF) para debater a agenda de ações para o ano de 2015 e trocar experiências.
Mulheres
O coletivo de gênero abordou o II Encontro de Formação e a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. “Foi debatido principalmente o momento em que vivemos de ataques à democracia, à necessidade de se defender e manter a democracia, e como que a gente consegue fazer com que as políticas para mulheres não só avancem mas também sejam implementadas”, destacou a Secretária de Relações de Gênero Isis Tavares. Para ela, o II Encontro de Formação será um momento importante pra falar sobre a necessidade de se ter mais mulheres na política e no próprio movimento sindical.
A Reforma Política também foi um ponto debatido: “As mulheres precisam se empoderar e defender a democracia conquistada até agora, para que não haja nenhum retrocesso. Uma reforma política democrática, com coalizão dos movimentos sociais e participação da CNTE, é fundamental”, sintetizou Isis Tavares.
Combate ao racismo
No coletivo antirracismo Dalvani Lelis, a Secretária de Combate ao Racismo da CNTE, Ieda Leal, abordou a importância de campanhas permanentes para a erradicação do racismo, além de fazer uma análise das políticas já existentes. O coletivo debateu as diversas formas de se enfrentar o racismo dentro das unidades escolares e locais de trabalho e também estratégias para os sindicatos poderem colaborar nessa luta.
Outra tema pautado foi a agenda de ações para serem desenvolvidas em 2015, para que cada estado possa levar as campanhas da CNTE contra o racismo para suas regiões, datas dos encontros nacionais, regionais e municipais.
Formação e valorização dos trabalhadores
Na reunião do coletivo Funcionários, Edmilson Lamparina, Secretário de Funcionários da CNTE, abordou a importância de se ocupar as vagas do Profuncionário, programa do Ministério da Educação que visa a formação dos funcionários de escola, em efetivo exercício, em habilitação compatível com a atividade que exerce na escola. De acordo com Lamparina, a expectativa é que em 2015 sejam disponibilizadas no mínimo 50 mil vagas – e é preciso incentivar a participação dos servidores efetivos da rede pública de ensino nesse programa.
Entre as estratégias estabelecidas pelo coletivo está o fortalecimento dos Conselhos Estaduais do Profuncionário: “A meta é ter o trabalhador mais dedicado a essa questão na ponta. Com a participação efetiva dos conselhos estaduais, o acompanhamento do programa pelo Conselho Nacional será melhor”, conclui Lamparina.
Saúde do Trabalhador
A nova Secretária de Saúde do Trabalhador em Educação da CNTE Francisca Seixas assumiu a pasta com o desafio de estimular a criação de novos coletivos dentro dos sindicatos. “Nessa primeira reunião verificamos alguns problemas são comuns a muitos estados, sendo que alguns avançaram mais”. Ela ressalta que a principal deliberação da reunião é fazer com que todos os estados criem suas secretarias e coletivos de saúde para debater e exigir do governo de estado uma política de prevenção e assistência ao trabalhador adoecido.
Próximas reuniões
Ao longo do ano, os demais coletivos – LGBT, DSR/Aids, Aposentados, Juventude, formação, além do Departamento de Especialistas – vão se reunir para analisar os trabalhos desenvolvidos e replanejar as ações para 2015.