CNTE participa de painel sobre educação durante o 12º CONCUT

No dia em que o calendário brasileiro homenageia os professores, a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação representou os trabalhadores e trabalhadoras da Educação na mesa “A educação no Brasil: questões atuais”.
Trouxeram suas saudações o vice-presidente da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Danilo Vianna Lopes, representando os estudantes e, representando professores e professoras, a professora Marlei Fernandes de Carvalho, Presidenta da APP-Sindicato.
Antes de dar início aos trabalhos da mesa, foi exibido o vídeo que a CNTE preparou para celebrar o dia 15 de outubro, e também o vídeo denúncia elaborado pela APP-Sindicato, para não deixar cair no esquecimento os desmandos e atrocidades cometidos pelo governador Beto Richa contra professores e professoras do Paraná, em 2015.
O painel foi dirigido por Jandira Uemara, Diretora Executiva da CUT e José Celestino Lourenço (Tino), Secretário Nacional de Formação da entidade, e teve como primeiro palestrante o companheiro Roni Anderson, Diretor Executivo da CUT pelo Sindipetro/PR, que falou sobre a importância dos recursos do pré-sal para a educação.
Os delegados e delegadas do setor da educação presentes no CONCUT chegaram ao plenário usando a camisa que a CNTE preparou para as ações de defesa dos royalties do petróleo para a educação, corroborando a fala do presidente Leão, que foi justamente no sentido de convocar todos os setores representados pela CUT a unirem esforços na defesa da escola pública.
Conjuntura – O presidente falou sobre o contexto histórico, em que a crise mundial é sentida também no Brasil, e alertou sobre a importância de não permitirmos que ações oportunistas e neoliberais ameacem o projeto de educação almejado por toda a categoria. Ele citou exemplos desses ataques à educação: “A conjuntura que enfrentamos é a de 92 dias de greve em São Paulo, sem que o governador Alckimin sequer negocie com a categoria, a mesma conjuntura da greve dramática no Paraná, com atos de violência e um verdadeiro massacre a mando do governador Beto Richa, e é a realidade dos companheiros e companheiras de Roraima, em greve desde agosto”, pontuou.
PNE – Outra questão abordada na fala do presidente Leão foi a implementação do Plano Nacional de Educação e as dificuldades que cada estado enfrenta para fazer valer, por exemplo, o piso nacional. “O PNE não é exatamente aquele que queríamos, mas não temos dúvida que ele é o norte para os próximos 10 anos da educação pública brasileira, então a CNTE irá defender o Plano pois, se implementado, ele representa um grande avanço na nossa luta por uma educação pública de qualidade”, defendeu.
Mobilização – Nas palavras de Leão, a luta pela educação se dará numa perspectiva de muita mobilização, assim, concluindo sua intervenção, o professor conclamou todos e todas a ocuparem o Congresso Nacional no próximo dia 11 de novembro, quando a CNTE marcará sua posição contra a Lei da Mordaça, pela manutenção do critério de reajuste do piso salarial,  pela aprovação do PL 2.142/2011, que autoriza os IFES a ofertarem cursos do Profuncionário e similares, contra a mudança na Lei da Partilha e em defesa da Petrobras. “A luta em defesa da escola pública é de todos os trabalhadores e trabalhadoras, porque a escola pública que acreditamos é justamente para os filhos e filhas da classe trabalhadora”, encerrou.
Homenagem – Saudando a todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação pelo Dia do Professor e da Professora, o presidente Roberto Leão prestou uma homenagem à companheira Maria Lucia Prandi, militante histórica da educação do estado de São Paulo falecida no início deste mês. Recordou a contribuição dessa companheira ao processo de construção da educação pública como sindicalista e também em sua atuação como parlamentar.