CNTE participa da apresentação dos resultados das pesquisas sobre violência nas escolas de Santa Catarina

 VIOLÊNCIA SC 070823

 

Na última sexta-feira, 4 de agosto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação participou, em Florianópolis, da jornada de apresentação e avaliação dos resultados da pesquisa sobre o enfrentamento de violências nas escolas de Santa Catarina. Da CNTE, estiveram presentes a secretária de Finanças, Rosilene Corrêa; a secretária de Formação, Marta Vanelli; e o secretário de Imprensa e Divulgação, Luiz Vieira.

Promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o evento foi voltado para exibição dos resultados da pesquisa de investigação de expressões das violências que ocorreram nas escolas do estado, antes e durante o  contexto da pandemia de Covid-19. O estudo tem objetivo de promover a criação de políticas públicas e estratégias pedagógicas de prevenção e enfrentamento às violências escolares. 

Dados do estudo ainda apontam para a falta de um protocolo de gestão nacional, estadual e municipal para casos de violências escolares nos municípios pesquisados, além da ausência de projetos de prevenção e enfrentamento das violências escolares e da inclusão da temática na matriz curricular.

Segundo Rosilene, que também representa a CNTE no Grupo de Trabalho do MEC para prevenção à violência nas escolas, “precisamos de uma força tarefa para mudarmos essa realidade, para confrontar tudo isso. A questão passa por vários setores da sociedade e todo mundo precisa se envolver. A escola pode e deve ter esses assuntos pautados no seu dia a dia, na sua proposta pedagógica diária e nas práticas pedagógicas.”

De acordo com a pesquisa, a violência na escola é compreendida como diferentes manifestações que acontecem no dia a dia do ambiente escolar, envolvendo professores, estudantes, gestores, funcionários, familiares, ex-alunos, pessoas da comunidade e estranhos.  

Rosilene mencionou que a questão da violência preocupa e que vem se agravando no último período, uma vez que, segundo ela, “a população brasileira tem apresentado comportamentos de intolerância e violência em níveis muito maiores”, fazendo com que escolas também sofram as consequências. 

Para Marta, pesquisas, como a realizada em Santa Catarina, são instrumentos fundamentais para as organizações, entidades e para o poder público que reivindicam e elaboram políticas públicas para combater as violências nesse ambiente. “É preciso ter um canal de comunicação entre os pesquisadores e estas entidades/poder público para que as políticas públicas sejam as mais certeiras possíveis”, afirmou a secretária de Formação da CNTE.

Vieira chamou a atenção para o fato das atuais políticas sociais estarem fragilizadas e da inexistência de redes de proteção. Ele conta que “não adianta fazer protocolos contra violência pensando nela apenas de modo físico. É preciso entender que tanto as novas formas de violência quanto as mais antigas estão presentes na escola”, comentou.

“Precisamos ter essas pesquisas fundamentadas, cientificamente falando, para podermos cobrar estratégias pedagógicas para prevenção e enfrentamento dessas violências”, completou Vieira.

Fonte: CNTE