CLDF premia vencedores do II Prêmio Paulo Freire de Educação

A última quinta-feira (26) foi de festa para a educação do Distrito Federal. Contando com um auditório totalmente lotado, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), por meio da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), realizou a cerimônia de entrega dos prêmios da segunda edição do Prêmio Paulo Freire de Educação, homenageando os projetos educacionais de escolas públicas e privadas que se destacaram por suas práticas inovadoras e transformadoras no ensino da capital federal.

Ao todo, 264 projetos foram premiados, além de 25 destaques, 839 moções individuais de autores e coautores e 35 Instituições e várias unidades escolares. Presidente da CESC, o deputado distrital Gabriel Magno ressalta que a premiação é uma forma de reconhecer e valorizar profissionais da área da Educação, como professores(as), estudantes, familiares de estudantes, estudiosos(as) da educação, ativistas pelo direito à Educação e comunidades escolares, além de homenagear pessoas que se destacaram por suas contribuições na promoção do direito à educação, na gestão democrática, no Plano Distrital de Educação e em projetos político-pedagógicos que impactam as escolas públicas, a vida de seus estudantes e suas regiões.

O parlamentar lembra que quando o prêmio foi pensado, a ideia era unir as pessoas e celebrar o legado deixado por Paulo Freire. “A ideia deste prêmio é mobilizar uma série de potencialidades que nós temos aqui na capital federal. Quando a gente olha a rede pública, vemos muitos desafios e vários desses projetos são fruto do esforço coletivo da escola. Precisamos de mais estrutura para a rede pública, de valorização para a carreira magistério público e que tenhamos uma educação pública de qualidade. Para isto, precisamos ter mais dinheiro para a rede pública e para os professores. É inadmissível que na capital do país os educadores ocupem a rabeira de salários quando falamos das carreiras de nível superior”, ressalta Gabriel Magno.

A diretora do Sinpro Márcia Gilda lembrou que a educação transforma e é uma arma poderosa no processo de mudança que o mundo precisa. “Eu sou instrumento de transformação da educação. A educação transformou a minha vida, da minha família e até hoje trago os nomes de algumas professoras, que me educaram para o protagonismo, para a autonomia, como esta educação transformadora que se propõe e prega Paulo Freire. É por isso que todos nós somos tão atacados e perseguidos desde 2016, com o advento da Lei da Escola sem Partido. Como diz Paulo Freire, ‘o sistema não teme o pobre que passa fome. O sistema teme o pobre que não sabe pensar’. Temos que educar para a autonomia e precisamos trabalhar isto nas escolas públicas. Projetos como este revitalizam a proposta de Paulo Freire, que é educar para o protagonismo dos nossos estudantes e para o Esperançar. Nós vamos resistir sempre”.

Para Rosilene Corrêa, diretora da CNTE e ex-diretora do Sinpro-DF, presenciar o auditório da CLDF totalmente lotado mostra que a educação é resistência. “Diante de tantos ataques que a educação está sofrendo, este auditório lotado mostra que nos identificamos com o legado que Paulo Freire deixou para nós. Que nunca desistamos de esperançar, sonhar e fazer projetos como este com muito amor. O que precisamos é fazer, de fato, que a educação seja de mudanças”, comemora Rosilene, complementando que “a educação é responsável por transformar o mundo e nós, professores, temos esta responsabilidade”.

Todos os projetos foram reconhecidos e apresentados ao público, permitindo a troca de experiências e o compartilhamento de ideias que podem contribuir para a melhoria da educação no Distrito Federal. Clique aqui e confira a lista completa dos(as) vencedores(as).

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