Clã usa misoginia como política de comunicação e incentivo à violência

A diretoria colegiada do Sinpro-DF repudia e lamenta, profundamente, o teor das vídeomensagens que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou nas redes digitais, na semana passada, com conteúdos misóginos e de depreciação às mulheres, fazendo comparações negativas entre o problema do Metrô de São Paulo e as mulheres contratadas pela empresa terceirizada de engenharia que atua no órgão.

 

Mais uma vez esse deputado usa o cargo público e a importância que essa condição lhe oferece na mídia para atacar as brasileiras, manter vivo o clima de ódio, o terrorismo e a violência bélica na sociedade que o chamado “clâ Bolsonaro” trouxe para o Brasil desde que ganhou relevância na política em 2018. Ele é um dos parlamentares com um rol negativo de declarações misóginas.

 

Ao divulgar, novamente, esse tipo de mensagem nas redes digitais, Eduardo Bolsonaro reafirma, mais uma vez, que os objetivos políticos do tal “clã”, dentre outros propósitos obscuros, são os de desmoralizar, sistematicamente, as mulheres e prestar desserviços à sociedade. Esse deputado, o pai dele e seus irmãos têm uma trajetória negativa e um catálogo de repetidas e metódicas declarações preconceituosas e depreciativas contra as mulheres.

 

Aliás, em termos de incentivo à violência, esse grupo criou até um “Gabinete do Ódio” dentro do Palácio do Planalto sustentado por dinheiro público. E, com isso, dentre as ações diárias de violência contra os(as) brasileiros(as) e o patrimônio público, está o da “gestão do ódio” contra mulheres, populações negras e povos originários, bem como a criminalização dos(as) trabalhadores(as) e da população pobre.

 

É muito grave o referido deputado usar os privilégios do cargo público para disseminar o desprezo que sente pelas mulheres, bem como levar adiante esse projeto do governo Bolsonaro que preza pelo machismo, discriminação,  misoginia, terrorismo e fortalecimento da violência.

 

Para a diretoria do Sinpro, é inadmissível que essas publicações de incentivo ao ódio a setores da sociedade continuem presentes nas redes digitais sem nenhuma regulação. Mais do que a declaração atrevida de desprezo que sente pelas mulheres, essas postagens em rede digital denunciam o projeto político e econômico, sempre fundamentado pelo golpismo contra a Nação, do “clã dos Bolsonaros”, e em curso no País. 

 

No entendimento da diretoria, chegou o momento de acabar com isso. A chance de eliminar esse tipo de violência contra a mulher e os demais setores está nas nossas mãos: 2022 é ano eleitoral e é a última chance de as brasileiras e suas famílias se livrarem das consequências nefastas das eleições de 2018, que colocaram as milícias, o fascismo e o neoliberalismo nos Poderes Legislativo e Executivo e uma política de violência e corrupção em curso no Brasil.

 

As eleições de 2022  é a oportunidade de se retirar dos órgãos públicos os grupos que reinventaram e reimplantaram o desrespeito, o desemprego, o genocídio, o terrorismo, todo tipo de rapinagem das riquezas nacionais, reintroduziram problemas sociais já eliminados e preconceitos no Brasil.