CIL do Recanto das Emas leva artista cubana a 1º Festival da Consciência Negra

O Centro Interescolar de Línguas do Recanto das Emas (CIL Recanto das Emas) realizou, no sábado (23/11), a culminância do projeto “Por uma educação linguística antirracista”. A culminância, que começou no dia 8 de novembro, contou com a participação internacional da artista cubana Dya Valdes. O avô da artista foi um dos fundadores da famosa banda “Buena Vista Social Club”, grupo renomado da música cubana.

A proposta é promover o debate racial durante todo o ano letivo em sala de aula. A culminância desta primeira edição começou no dia 8 de novembro, com um evento denominado Novembro Negro, com a participação especial da artista cubana Dya Valdes. Idealizadora do projeto, a professora de espanhol Amanda de Paula conta que a culminância foi realizada em parceria com o CEF 306, o qual expôs trabalhos de seus estudantes enquanto, o CIL, organizou a programação com oficinas, palestras, shows e workshops.

Amanda conta que “a equipe da direção, professoras Karol Fortes, Cristiane Akemi e Graziele apoiaram o projeto e todas as professoras e professores da escola abraçaram a causa”, afirma. Durante o semestre, houve coordenações pedagógicas temáticas. Os(as) estudantes desenvolveram trabalhos artísticos e, dentre eles, destacam-se os do estudante e artista Anjelo Art, que fez uma sala de exposições de sua arte e trabalho.

O evento também contou com as personalidades MC Hate, rapper do Recanto das Emas, as cantoras Débora Sasb e Luana Viana, acompanhadas do músico Felipe. Houve ainda aula de dança Charme, com o grupo In the hood CIA. Também houve o Fit Hit, com a professora e instrutora Lene Launé. Além dessas atividades artístico-culturais, foram realizadas rodas de conversa em francês, com o grupo Afrikanus; em espanhol, com a professora-doutora Janaína Soares, da Universidade de Brasília (UnB); e em inglês, com o professor-doutor em linguística Francisco Amorim.

Compareceram também ao evento as Empreendedoras do P Norte, grupo de mulheres que buscam a emancipação financeira e econômica de pessoas em vulnerabilidade. As empreendedoras Marina e Milena, conhecidas como Afro Hermanas, realizaram uma oficina de tranças. A artista e professora Lidi Leão fez a oficina de abayomi. A professora Waneska Gomes elaborou a oficina de turbantes. O artista e professor Lucas Ramalho fez uma oficina de percussão e, ao fim, foi realizado um minishow com os estudantes.

O professor de inglês do CIL, Lúcio, fez uma exposição do trabalho de seus estudantes, desenvolvido durante o semestre. A poetisa artista e professora Lilian realizou também a oficina de poesia, na qual os(as) estudantes expressaram muito bem arte e escrita. “O evento foi marcado por muito debate e histórias sobre o povo negro. A educação antirracista precisa chegar para os centros de línguas, é uma necessidade urgente”, finaliza a professora Amanda.