CEM 02 de Ceilândia transforma novembro no mês do despertar de uma nova consciência

Geralmente, novembro é o mês da culminância de quase todos os projetos pedagógicos nas escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal. Afinal, trata-se do mês que abre o último bimestre do ano. Mas é, principalmente, pelo fato de ser um dos meses mais importantes para o povo brasileiro: o Mês da Consciência Negra e da promoção da igualdade racial.

 

No Centro de Ensino Médio (CEM) 02 de Ceilândia, novembro extrapola o cumprimento do calendário letivo e centra suas atenções na resistência antirracista. É o momento de finalização da edição anual do projeto “Novembro Negro”. Este ano, recebeu o título “Novembro Negro 2021: o despertar de uma nova consciência”. “Porque queremos una nova consciência antirracista por meio da revolução na Educação Básica”, afirma Amanda Freire, supervisora pedagógica e professora de espanhol da escola.

 

Começou no dia 10, com a palestra “O papel dos brancos na luta antirracista”.  Nessa quarta-feira (17), os(as) estudantes participaram da palestra intitulada “Por uma educação antirracista: perspectiva filosófica e linguística”. As palestras foram híbridas – ou seja, ora virtuais ora presenciais. Também participaram, no Centro Cultural da própria escola, de uma atividade com integrantes da Secretaria de Justiça do Governo do Distrito Federal (GDF) sobre saúde da mulher.

 

O encerramento dessa maratona de palestras, apresentações teatrais, musicais, oficinas, workshops e outras atividades pedagógicas será no dia 20 – Dia Nacional da Consciência Negra. “O Novembro Negro é um projeto com atividades específicas dentro de um projeto maior denominado Projeto Consciência Negra. Este ano, ampliamos o Consciência Negra, que, a partir de 2022, irá funcionar durante todo o ano letivo com envolvimento e participação de todas as disciplinas”, informa Eliel de Aquino, diretor da escola.

 

Ele diz que a escola está completamente envolvida no Consciência Negra, que acolhe o Novembro Negro, o qual, por sua vez, reúne vários outros projetos, como, por exemplo, o Teatro e Diversidade na Escola e o Cresp@s e Cachead@s. “Esse último projeto objetiva valorizar a beleza do povo preto e seus cabelos cacheados por meio de um ensaio fotográfico. Estimula o amor próprio e a autoestima dos e das estudantes negros(as), informa Amanda Freire.

 

A professora de espanhol diz que este ano, como em todos os outros, a equipe se inspirou em vários nomes da luta antirracista, incluindo aí a feminista negra norte-americana, Angela Davis, e na sua famosa declaração de que “numa sociedade racista não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Daí o título incluir a frase ‘o despertar de uma nova consciência’.

 

Confira, no vídeo, a seguir, toda as participações e a programação do “Novembro Negro 2021: o despertar de uma nova consciência”