CED 11 de Ceilândia aprova metade de seus estudantes de 3º ano em universidades públicas

A comunidade do CED 11 de Ceilândia ganhou motivos para comemorar com alegria. Depois de sofrer um dos momentos mais tristes de sua história, com o assassinato do estudante Geoffrey Stony Oliveira do Nascimento, de apenas 16 anos, num caso de latrocínio nos arredores da escola, o CED 11 celebra a conquista de 37 de seus estudantes, que, a despeito de todas as dificuldades do período, ingressaram nas fileiras da universidade pública.

Esses 37 jovens representam quase a metade dos estudantes do último ano na escola. Segundo o professor Kiko Gadelha, diretor do CED 11, o fato de a escola acolher os adolescentes desde o 6º ano e acompanhá-los até os anos finais faz muita diferença. “É importante valorizar o trabalho dos professores que acompanham esses estudantes há muito tempo”, destaca ele. “Tivemos muitas dificuldades devido à pandemia, mas os alunos se dedicaram muito e os professores também”, celebra Kiko.

O diretor também aponta a grande contribuição dada pela escola pública à sociedade, mudando a perspectiva de vida de muitos meninos e meninas. “A falta de estrutura existe, com mais investimento iríamos ainda mais longe”, diz ele, lembrando que o CED 11 se encontra numa região muito pobre e violenta do Distrito Federal, próximo da comunidade do Sol Nascente.

Em agosto, a escola ofereceu um café da manhã aos primeiros aprovados, que receberam uma placa comemorativa de presente, parabenizando-os. Os novos universitários e universitárias cursarão áreas variadas, como Serviço Social, Engenharia Mecânica, Geografia, História, Jornalismo, Ciências Biológicas, Fisioterapia, Pedagogia, entre várias outras.