Categoria vota pela manutenção da greve. Próxima assembleia nesta quinta-feira (12), no Buriti

Por decisão praticamente unânime, os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais decidiram pela manutenção da greve do magistério público do Distrito Federal. A decisão foi tomada durante assembleia geral nessa quarta-feira (11), na Praça do Buriti. O encaminhamento da assembleia foi uma resposta ao retrocesso nas negociações entre a Diretoria do Sinpro e o GDF. Diante disto não restou outra alternativa senão continuar o movimento paredista.
A categoria ainda aprovou uma nova assembleia geral para esta quinta-feira (12), às 9h30, na Praça do Buriti.
Ao final da assembleia a categoria caminhou até a entrada da Câmara Legislativa do DF e chegou aplaudindo o grupo de 36 professores que estão em greve de fome no gabinete da presidência da Casa desde as 9h. O grupo promete sair de lá somente quando os parlamentares se posicionarem e intervierem junto ao GDF para resolver o impasse. Os docentes estão prontos para permanecer no local até que as negociações avancem.
Neste momento os professores realizam uma vigília em frente à CLDF e o Sinpro pede para que todos participem em apoio aos companheiros que estão em greve de fome. A vigília durará enquanto o grupo de professores estiver em protesto no gabinete da deputada Celina Leão.
A Comissão de Negociação do Sinpro se reunirá com o governador Rollemberg às 19h30 desta quarta-feira (11).
 
Retrocesso – A reunião da diretoria do Sinpro-DF e do Comando de Greve com representantes do governo, realizada na terça-feira (10), foi considerada, no mínimo, frustrante e desrespeitosa.
Ao invés de dar sequência à negociação, o GDF deu um passo atrás e conseguiu piorar a proposta apresentada na semana passada.
Com 17 itens, a nova proposta oficializa as Organizações Sociais (OS) como método de privatização da educação. No item 16 da proposta, praticamente encerra a docência do magistério público na educação infantil do Distrito Federal.
Além disso, Rollemberg manteve o corte de ponto e a multa exorbitante para o Sindicato (R$ 400 mil por dia).
Insistindo na eterna falta de recurso, o governo também manteve o pagamento das tabelas salariais a partir de outubro de 2016 e previsão de pagamento do retroativo somente em janeiro de 2017. A novidade da nova proposta fica por conta de que não haverá pagamento dos dias parados e, assim, consolida a posição de criminalizar o legítimo direito de se manifestar e ainda apela para a Justiça, em vez de discutir com a categoria, na Mesa de Negociação.
Vale lembrar que nunca, na história do movimento docente do Distrito Federal, houve governador que, a cada negociação, piorasse as propostas discutidas em Mesa.