Categoria participa de ato em defesa da democracia e contra o terrorismo

A categoria do Magistério do Distrito Federal marcou presença no ato público em defesa da democracia e contra o terrorismo nesse domingo (15) – uma semana após o ataque terrorista à Praça dos Três Poderes por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores de golpes de Estado. No dia 8 de janeiro, os terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e destruíram centenas de objetos pertencentes ao patrimônio público histórico, artístico, cultural do Brasil.

Realizado no Eixão Sul, na altura da Superquadra 108, o ato contou, segundo apuração do G1, com a presença de mais de 4 mil pessoas dos mais diferentes setores da sociedade, organizações sociais e sindicais, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais. A manifestação começou às 9h. Além de repudiar os atos terroristas, a manifestação também protestou contra a leniência do governador do DF afastado, Ibaneis Rocha (MDB), e das forças de segurança do DF.

Antecedentes: o terrorismo

No domingo (8), a Praça dos Três Poderes foi invadida por um bando de mais 300 pessoas que chegou em Brasília em mais de 50 ônibus fretados em várias regiões do País com a deliberação de destituir o governo eleito em 30 de outubro de 2022 e instituir o Estado de exceção. A tentativa de golpe, com violência e terrorismo, contra o Estado democrático de direito fracassou. Mas deixou um rastro de destruição nas sedes dos Três Poderes: Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção nas polícias do Distrito Federal por 30 dias a fim de revelar, julgar e punir financiadores, executores e demais participantes do ato. A reação dos brasileiros ao terrorismo foi imediata. No dia seguinte ao ataque terrorista, várias manifestações ocorreram Brasil afora em defesa da democracia e contra o terrorismo.

Na segunda-feira (9/1), organizações da sociedade civil e representantes de partidos políticos realizaram ato democrático em frente ao Palácio do Buriti, sede do Poder Executivo distrital. A ação foi encaminhada em reunião realizada na manhã do mesmo dia, que teve como deliberação a mobilização permanente em defesa da democracia e contra o terrorismo.

Sem anistia e punição exemplar

Nesse domingo (15), o Distrito Federal reforçou os princípios democráticos e foi ao Eixo Rodoviário Sul (Eixão Sul) fortalecer a defesa das eleições livres e democráticas de 2022, protestar contra a parcimônia do governador Ibaneis Rocha, afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com o terrorismo, e contra o terrorismo dos bolsonaristas.

Em matéria divulgada pelo Sinpro (confira a matéria no final deste texto) na semana passada, Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, reafirmou o clamor da sociedade contra os terroristas: “Sem anistia. Queremos punição exemplar tanto de quem invadiu o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF, como de que viabilizou essa invasão”, declarou. Ele afirma que a defesa da democracia deve ser permanente. “É preciso fortalecer as ações da sociedade civil para barrar de uma vez por todas as ações criminosas daqueles que querem atacar as nossas instituições, o patrimônio público, a memória nacional”.

Além das iniciativas populares, medidas institucionais têm sido encaminhadas. Os deputados distritais Chico Vigilante (PT) e Fábio Felix (PSoL), por exemplo, anunciaram que a bancada de oposição da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, na própria segunda-feira (9), a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos terroristas ocorridos em 12 de dezembro de 2022 e em 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

Por que é terrorismo?

Clique aqui e confira matéria do Sinpro sobre o tema

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