Caso das professoras assassinadas na Bahia reforça a urgência da luta pelo fim da violência contra as mulheres
No último sábado, 16 de agosto, três mulheres foram encontradas mortas em um matagal da Praia do Sul, em Ilhéus, na Bahia. Duas das vítimas eram professoras da rede pública municipal de ensino. Até o momento, não há mais informações sobre o caso. O que se sabe é que são mais três vidas interrompidas pela violência de gênero, evidenciando um fenômeno estrutural que exige enfrentamento urgente de toda a sociedade.
De acordo com o Atlas da Violência de 2025, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2013 a 2023, 47.463 mulheres foram assassinadas no Brasil. Os dados foram obtidos com base em registros do sistema de saúde.
Os dados alarmantes não param por aí. De 2022 a 2023, a taxa geral de homicídios recuou 2,3%, enquanto a taxa de homicídios femininos permaneceu inalterada, evidenciando um desafio persistente.
Para o Sinpro, intervenções do Estado para mudar este cenário são urgentes. Mas isso isoladamente não é suficiente. A educação, por exemplo, sobretudo a pública – que atende a maioria da população brasileira – tem papel estratégico na luta pelo fim das violências contra as mulheres. Isso porque pode estimular a consciência crítica e desconstruir padrões discriminatórios enraizados. Para isso, é imprescindível que a educação seja de qualidade, o que remete, também, à valorização de seus e suas profissionais.
O Sinpro se solidariza com as famílias, amigos e amigas e amigos(as) enlutados(as) pela irreparável perda e seguiremos em luta por uma educação como instrumento para a construção de uma sociedade de igualdade, de respeito às mulheres e de superação de estereótipos.
Basta de violência contra as mulheres.