Candidato Rogério Rosso tenta ludibriar eleitor fugindo de perguntas

Não foi somente o atual governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg quem fugiu da sabatina promovida pelo portal Metrópoles. Apesar de comparecer ao debate realizado durante a noite dessa terça-feira (21), Rogério Rosso, postulante ao GDF pelo Partido Social Democrático (PSD), fugiu à entrevista após esquivar de várias perguntas das mais variadas áreas, formuladas por dirigentes dos sindicatos e da CUT. O evento foi transmitido pelo Facebook do Sinpro.
A fuga às perguntas, a grande maioria com temas cruciais para o desenvolvimento do Distrito Federal e fundamentais para o futuro da população e do servidor público, é lamentável por parte de alguém que tem a pretensão de governar a capital federal, além de ser uma tentativa de ludibriar o eleitorado brasiliense. Ao ser questionado sobre temas como a Meta 17 do PDE; seu apoio ao ex-deputado Eduardo Costa; terceirização; pagamento dos reajustes salariais, dentre outros, Rosso optou por divagar, deixando a população sem respostas.
Confira a entrevista:
 
 
Terceirização na atividade fim e emendas que congelaram os investimentos na saúde
O candidato, atualmente deputado federal, votou a favor de projetos contrários ao trabalhador brasileiro.
“É importante observar que o Brasil precisava de uma norma de que não se pode gastar mais do que se arrecada. Neste caso, o presidente pode colocar os investimentos de acordo com suas prioridades. É uma normatização importante para que o país não gaste mais do que se arrecade”.
 
Aumentos salariais
Fui perguntado sobre a paridade na Polícia Civil. Sobre o reajuste da 3ª parcela, é um tema que tenho estudado. Afirmo que pelo comportamento da nossa receita tributária, cortando gastos e uma eficiência maior na receita federal, existe espaço para pagar essa parcela.
 
Diminuição dos impostos
Precisamos estimular a valorização do servidor público, isso volta para a economia. A redução do imposto é gradativa, à medida que gera desenvolvimento econômico. O atual governo se preocupou muito em aumentar impostos e quero gerar desenvolvimento no Distrito Federal.
 
Pró-DF
O Pró-DF é uma área importante para o desenvolvimento econômico. É importante uma descentralização para que todas as regiões tenham este projeto. Temos um setor atacadista que se não tivermos incentivos, não fica aqui. Os programas de desenvolvimento também precisam olhar para as cidades.
 
Recursos do IPREV
É um dos grandes desafios do próximo governo. É um retorno gradativo para que nunca deixe em risco o servidor público. Estamos elaborando um plano e precisamos analisar com muita cautela para recompor os fundos desse recurso.
 
Saúde
Os servidores da saúde estão de fato desestimulados. Desvalorização, péssimo ambiente de trabalho, ausência absoluta de coordenação. No meu governo o servidor público terá um resgate da sua dignidade.
 
Redução da carga horária
Tenho ouvido os servidores do DF. Não vou responder agora se isto vai mudar. Se for necessário, vou fazer. Se não for, não vou fazer.
 
Contratação de novos servidores
Se percebermos que existe deficiência, vamos contratar. À medida que haja aposentadorias, também vamos contratar. Esta parte orçamentária é suficiente para que possamos fazer uma prestação de serviços eficiente e vamos sempre repor, quando necessário for.
 
Salários dos policiais
Acho triste que alguns gestores tenham estimulado uma desavença entre forças policiais. Hoje existe, na minha avaliação, uma ação, uma intenção de colocar força contra força. É uma questão de direito. As policias Militar, Civil e dos Bombeiros têm características diferentes e precisam ser respeitadas. O atual governo não deu aumento porque não quis, porque tinha recursos para isso.
 
BRB
Em 2010 existia uma tratativa entre o BRB e o Banco do Brasil para o Banco de Brasília ser vendido. A missão do banco é ajudar a desenvolver o DF.
 
Pagamento dos reajustes
Existe uma desconsideração para com o servidor público. Um dos subprogramas é o fortalecimento dos serviços e dos servidores. A questão da paridade, por ter um impacto de 600 bilhões, será feito nos primeiros dias, assim como a terceira parcela do reajuste salarial.
 
Meta 17 do PDE
Na verdade, pela Meta 17 são profissionais da educação e não só professores. A lei do PDE é o que precisamos fazer com quase todas as áreas. Entra um governo, muda uma política pública, acaba com outra ação anterior, então tem algumas ações de estado. As circunstâncias colocadas pelo atual governo não permitiram vários pontos e diria que a questão da terceira parcela é muito importante, as escolas do DF é outra matéria importante e uma das metas é a reforma das escolas, construção de creches. A questão salarial dos professores será analisada.
 
Parceria com setor privado nas escolas
O setor privado pode construir centros olímpicos, reformar as que precisam, fatores que poderão deixar os alunos mais tempo nas escolas e não querer ir embora. Temos espaço suficiente para isso e vamos encaminhar para análise.
 
Parceria com Temer
O projeto que reduz o investimento em algumas áreas, inclusive na educação, teve o apoio do candidato Rogério Rosso, além de ter votado a favor de vários projetos contrários ao conjunto da classe trabalhadora.
“A PEC (Emenda Constitucional 95) foi muito clara. Foi o indício que o governo não pode gastar mais do que arrecada. Essa foi uma medida muito importante para o Brasil e precisava ser feita. Cabe ao presidente da República executar esta PEC”.
 
Eduardo Cunha
O PSB não votou no Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. Quando o ex-deputado venceu as eleições para presidência da Câmara, eu era líder do partido, mas o dia a dia dos deputados tem um colégio de líderes, e é ele quem define a pauta de votações. Tinha que me manifestar a todo o momento.