Canal da Educação desta quinta (7) debate como a privatização da Eletrobras afetará a sociedade brasileira
O Governo Federal quer entregar à iniciativa privada o controle da maior empresa de energia elétrica estatal da América Latina, a Eletrobras. Para tentar enganar o povo, a proposta é colocar ações à venda, mas essas ações só podem ser compradas pela iniciativa privada. Dessa forma, todas as decisões estratégicas passarão a ser tomadas pelo setor privado. Mas a Eletrobras não é apenas uma empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, ela desenvolve projetos nas áreas de saúde, segurança, educação e desenvolvimento regional em diversos locais do Brasil, principalmente na região Norte e Nordeste, onde ainda existem muitas desigualdades a serem superadas.
Por isso mesmo, a privatização da Eletrobras e seus impactos sobre os brasileiros será o tema do Canal da Educação desta quinta-feira (7/6). Para falar sobre o assunto foram convidadas a diretora do Sinpro, Luciana Custódio, e a engenheira florestal Fabiola Latino Antezana – trabalhadora da Eletronorte, dirigente do Sindicato dos Urbanitários no DF e uma das coordenadoras da Campanha Energia não é Mercadoria.
O Canal da Educação é produzido e apresentado pelo jornalista Valdir Borges e vai ao ar, quinzenalmente, às quintas-feiras, ao vivo. Será transmitido pelo site e Facebook do Sinpro-DF e pela TopTV Brasil, às 20h.
O programa permite a participação em tempo real. As perguntas podem ser enviadas, ao vivo, pelo Facebook e/ou por mensagens de WhatsApp pelo número (61) 98162-0065.
Educação – Na área da educação, há escolas nos interiores e áreas rurais que são construídas e mantidas pelas empresas controladas, bem como convênios com instituições de ensino técnico federal e universidades federais que levam cursos profissionalizantes e de ensino superior ao sertão do Nordeste, ao coração da Amazônia.
A população de Brasília pode se perguntar qual o impacto da privatização da Eletrobras para os brasilienses então. De acordo com Fabiola, “na proposta do Governo, a energia que a Eletrobras hoje vende por 40 reais em média, vai subir para 200 reais. Esse aumento logo no inicio da cadeia produtiva trará um efeito cascata ao longo da cadeia de transmissão, comercialização e distribuição de energia em todo o país. Esse aumento será sentido nas residências, na indústria, no comercio, na agricultura. Em todos os segmentos. Ainda, o histórico das privatizações que ocorreram na parte da distribuição da energia no Brasil aponta dados reais de que, além do aumento da energia, há também a piora no serviço. As empresas privadas querem aumentar ao máximo seu lucro, para isso, demitem os trabalhadores sem preocupação com o serviço que tem que ser prestado à sociedade. Exemplo disso é nosso vizinho Goiás, onde foi privatizada a CELG em 2017. Em um ano, demitiram mais de mil trabalhadores e a CELG amargou a pior colocação no ranking das empresas, com 7 vezes mais quedas de energia do que limite aceitável pela agencia reguladora, ANEEL, e aumentando o tempo que os goianos ficam no escuro, em média, 32 horas e meia. Quando foi comprada pelos italianos, a promessa foi de melhorar todos os indicadores da empresa, mas na prática o que houve foi uma piora para a população. E os impactos não param por aí. Haverão impactos diretos na soberania nacional, no controle dos nossos rios, na segurança no fornecimento de energia, no meio ambiente, na economia, e claro, no nosso bolso”.