Campanha Votar é Massa entra na segunda fase e foca no Legislativo

Em abril deste ano, o Sinpro-DF lançou a campanha “Ideia! Votar é massa” para estimular jovens a tirar o título de eleitor. Agora, a campanha avança uma etapa e alerta a juventude – e a sociedade de forma geral – sobre a importância de eleger os representantes certos para o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e a Câmara Legislativa do DF.

“Eleger o presidente que o Brasil precisa é determinante para que possamos voltar a ser feliz. Mas só isso não basta. A gente precisa ter um Legislativo que dialogue com a classe trabalhadora, que tenha compromisso com a educação pública”, afirma a dirigente do Sinpro-DF Luciana Custódio.

De acordo com levantamento do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), dos oito deputados federais do DF, apenas Erika Kokay (PT) e professor Israel Batista (PSB) votaram 100% a favor dos(as) trabalhadores(as). Bia Kicis (PSL), Paula Belmonte (Cidadania) e Julio Cesar (Republicanos) votaram 100% contra a classe trabalhadora. Já Flávia Arruda (PL), Luis Miranda (Republicanos) e Celina Leão (PP), variaram entre 80% e 88,89% contra trabalhadores e trabalhadoras.

No Senado, o cenário também é de preocupação quando as pautas são de interesse da classe trabalhadora. Izalci Lucas (PSDB) foi o que mais votou contrário à classe trabalhadora: 83,33% das vezes. Reguffe ficou em segundo lugar, com 33,33% das votações contrárias a trabalhadores(as). Apenas Leila Barros votou todas as vezes a favor dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Exceto Reguffe, todos(as) os(as) parlamentares tentam a recandidatura ou apostam em outros cargos políticos nas eleições deste ano. Flávia Arruda, por exemplo, mesmo tendo votado majoritariamente contra trabalhadores(as) na Câmara dos Deputados, quer uma vaga no Senado – e está à frente nas intenções de voto.

“Os projetos levantados pelo Diap tratam, entre outras coisas, do congelamento de investimento em áreas sociais; da impossibilidade de se aposentar integralmente, com a reforma da Previdência; das verbas do Fundeb para a educação pública e não para a iniciativa privada. Tudo isso impacta, sobretudo, a juventude, que tem um futuro condenado”, avalia a dirigente do Sinpro-DF Luciana Custódio.

Na Câmara Legislativa do DF, a maioria dos parlamentares também vota contra a classe trabalhadora e a categoria do magistério público. Levantamento realizado pela Assessoria Legislativa do Sinpro-DF mostra que dos(as) 24 deputados(as) distritais, apenas cinco votaram 100% favoráveis aos(às) trabalhadores(as) e à educação pública. São eles: Leandro Grass (PV), que se candidata a governador do DF nessas eleições, Arlete Sampaio (PT), Chico Vigilante (PT), Fábio Félix (Psol) e Reginaldo Veras (PV).

“Uma das consequências dessa composição desfavorável para nós, servidores públicos do DF, é o aumento da alíquota previdenciária, que passou de 11% para 14%, prejudicando ainda mais aposentados e aposentadas. Com a reforma da Previdência de Bolsonaro, endossada por Ibaneis, professores aposentados tiveram descontos de mais de R$ 1 mil nos salários. E temos que lembrar que a juventude do DF tem com um dos focos prioritários o ingresso em concurso público”, lembra Luciana Custório.

As pautas ideológicas, como manutenção da militarização das escolas públicas, a defesa do ensino domiciliar (homeschooling), a voucherização do ensino, que atacam imediatamente a juventude, também marcam a atual legislatura da CLDF.

“O cenário mostra que, mais que nunca, essa campanha do Sinpro é urgente. A nossa juventude e todos os eleitores e eleitoras precisam saber em quem votar e votar certo”, avalia a diretora do Sinpro-DF Letícia Montadon, que convoca a categoria para curtir e compartilhar as peças da campanha nas redes sociais.

 

MATÉRIA EM LIBRAS