Atos jogaram pressão sobre Temer e golpistas, diz Vagner Freitas

Ao lado de centrais sindicais em defesa da classe trabalhadora e de organizações dos movimentos sociais, a CUT convocou um Dia Nacional de Greve e a população respondeu com centenas de manifestações em todo país.
Os atos colocaram pressão no governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) e demonstram que não há submissão ao pacote de retrocessos, muito menos apreço por um governo que surgiu a partir de um golpe.
Enquanto aguarda para o início do ato na Praça da Sé, em São Paulo, já tomada por milhares de pessoas, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, apontou que a classe trabalhadora ganha ainda mais fôlego para promover a greve geral contra o retrocesso.
“Esta dia foi de muita paralisação, manifestação na maior parte do país, foi superior ao ato que fizemos no dia 22 de setembro e serviu como ótimo aquecimento para a greve geral. O Temer deveria ver esse dia como um alerta de que essas propostas de retirada de direitos são extremamente impopulares e os trabalhadores vão se manifestar contra elas,” apontou.
Retomar democracia
Para ele, o governo golpista já entendeu que não seguirá por muito tempo se continuar a escolher os trabalhadores como sacos de pancadas.
“Ele não pode continuar sendo o embaixador da maldade. Já não foi eleito, não tem legitimidade, foi imposto num golpe impopular e injusto e agora estão querendo tirá-lo para colocar outro no lugar, golpe dentro do golpe. A resposta deve ser e será esse enfrentamento.
O presidente da CUT comentou que na próxima semana as centrais farão uma análise deste dia 11 e decidirão os próximos passos da resistência aos retrocessos. Para ele, a sociedade brasileira já entendeu o erro do impeachment e que o país precisa voltar à normalidade.
“Temer não tem condição de governar o Brasil e o Fernando Henrique (PSDB), que se lança candidato no lugar dele parece concordar com isso. Tem que ter eleições diretas, ele sair, retomarmos o passo para acabar com crise política e resolver a crise econômica. Disseram que iam tirar a Dilma e ia melhorar, mas Piorou. A inflação continua aumentando, o emprego diminuindo e não há ilusão de que vai melhorar. O dia de hoje também foi para dar uma alerta de que o Brasil precisa retomar a normalidade democrática”, falou.
Presidente da CUT-SP, Douglas Izzo também apontou que o ato e hoje foi um acúmulo na resistência rumo ao embate pela democracia num processo que terá outros capítulos.
“Esse é mais um passo para a greve geral que faremos contra a recessão e o arrocho propostas pelo governo. E dia 29 tem mais, o ramo da educação já convoca uma grande mobilização para Brasília, mais uma etapa para a paralisação nacional”, afirmou.