Ato em Brasília manifesta apoio aos professores do Paraná

Profissionais da educação e dirigentes sindicais CUTistas compareceram em peso à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), no final da manhã desta terça-feira (5), para manifestar solidariedade aos professores do Paraná, que estão em greve desde o dia 27, contra a mudança que possibilita uso dos recursos do sistema de previdência pelo governo do estado.
Os professores paranaenses foram violentamente agredidos pela Polícia Militar no último dia 29, durante manifestação pacífica na Assembleia Legislativa. A truculência deixou quase 400 professores feridos, vários deles em estado grave.
Vagner“A postura neoliberal, agressiva e de direita de Richa é semelhante à agenda no Congresso Nacional, conservadora e retrógrada. Eles querem o retrocesso às conquistas das mulheres, dos jovens e dos direitos dos trabalhadores. Essa agenda permitiu ao governador paranaense Beto Richa cometer o massacre contra os professores”, disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Julimar Roberto, secretário de Administração e Finanças da CUT Brasília, ressaltou que os trabalhadores de Brasília estarão sempre presentes nas lutas para impedir que mexam nos nossos direitos e conquistas. “Combateremos firmemente o retrocesso e o autoritarismo. A violência não nos intimida. E denunciaremos todos os que votarem pelo roubo de direitos. Assim como fizemos na votação do PL 4330 da precarização, vamos denunciar em cartazes todos os traidores que aprovarem as Medidas Provisórias 664 e 665 que mexem em direitos. Estamos saindo desse ato na CLDF e indo agora mesmo para o Congresso acompanhar as votações e audiências sobre essas medidas”, alertou.
Para participarem do ato na Câmara Legislativa, os professores compactaram a carga horária nos dois períodos diurnos, sem prejuízos para os alunos. A manifestação também visou repudiar projetos como o PL da Mordaça, promovido pela deputada distrital Sandra Faraj (Solidariedade), contrário ao pluralismo de ideias no ambiente acadêmico, bem como a Circular nº 11/2015, do GDF que institui a censura nos espaços escolares.
Manifestação em Curitiba
Assim como aconteceu em Brasília, milhares de trabalhadores foram às ruas manifestar solidariedade aos professores paranaenses e repudiar a polícia do governador tucano Beto Richa. Em Curitiba, cerca de 25 mil pessoas foram ao Centro Cívico de Curitiba e caminharam em direção ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado do Paraná.
O ato condena com veemência a truculência policial durante a manifestação dos(as) professores(as) do dia 29 de abril. Quase 400 professores(as) foram feridos em uma ação covarde da PM paranaense, sob ordens do governador Beto Richa (PSDB). Nesta tarde, ocorre uma assembleia a partir das 15 horas, para definir se a greve, que entra em seu nono dia, prossegue.
O protesto desta terça-feira conta com o apoio de entidades sindicais de todo o país. Os manifestantes foram aplaudidos assim que passaram em frente da Prefeitura de Curitiba (local que serviu como “hospital de campanha” após o massacre de 29 de abril). A caminhada também reforça os anseios da categoria paranaense em quitar débitos atrasados do governo e pela derrubada do projeto do governador, que modifica a previdência e prejudica a categoria.
Flores foram depositadas em frente da Assembleia Legislativa do Paraná, fazendo referência a todos os colegas que foram covardemente agredidos pela polícia.
Categoria veste preto
protesto de pretpo 1A categoria de professores de Brasília respondeu em peso à campanha em solidariedade aos professores(as) do Paraná, que foram vítimas de uma truculenta ação por parte da Polícia Militar na quarta-feira (29 de abril), no momento em que a categoria protestava em frente da Assembleia Legislativa do Estado.
Na última segunda-feira (4) milhares de professores e professoras do Distrito Federal foram trabalhar vestidos de preto. A adesão chegou perto dos 100% e não se restringiu ao DF. Se espalhou por todo o país.
O fato reforça a unidade da categoria, que não se cala no momento de defender os colegas de qualquer parte do Brasil. O Sinpro recebeu centenas de fotos dos(as) professores(as) vestidos de preto em prol da luta dos colegas paranaenses (confira a extensa galeria de fotos abaixo).
As escolas que ainda não enviaram as fotos de apoio ainda podem encaminhá-las no e-mail imprensa@sinprodf.org.br
Nota de repúdio
O Sinpro-DF distribuiu na tarde desta segunda uma nota de repúdio à truculência e à violência da PM do Paraná, que feriu mais de 300 professores no último dia 29, quando a categoria realizava manifestação pacífica em frente à Assembleia Legislativa.
Ninguém nos impedirá de lutar por nossos direitos
A dirparanáetoria colegiada do Sinpro-DF repudia a truculência e a violência da Polícia Militar e do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que, na quarta-feira (29), feriu diversos professores e professoras que realizavam protesto em Curitiba. Em greve desde segunda-feira (27), professores(as) da rede estadual de ensino e de universidades estaduais estavam acampados em frente à Assembleia Legislativa do Paraná em protesto contra a lei que altera a Previdência da categoria no estado.
A diretoria do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) informa que, no dia da votação do projeto de lei, 20 mil pessoas participavam de uma das mais intensas manifestações quando o Batalhão de Choque da PM avançou sobre os manifestantes. A categoria docente representa 70% do funcionalismo estadual.
No Brasil, os(as) professores têm um histórico de respeito à democracia e ao direito de livre manifestação, por isso, em momento algum iremos desistir de nossas pautas. Continuaremos lutando por melhores condições de trabalho, por salário justo e por respeito aos nossos direitos consolidados ao longo dos últimos anos.
Fontes: Sinpro-DF, CUT e agências