Em assembleia, categoria aprova calendário de lutas e mobilização nas escolas

Na manhã desta quinta-feira, 24, professores(as) e orientadores(as) educacionais realizaram assembleia geral no estacionamento da Funarte, centro de Brasília. Mais uma vez, a participação da categoria em todo o processo foi expressiva: além da presença na assembleia desta quinta, educadoras e educadores debateram a pauta de reivindicações e as lutas do próximo período nas assembleias regionais, que aconteceram ao longo do mês de março.

Categoria decide intensificar processo de mobilização | Foto: LUZO Comunicação

 

A Secretaria de Assuntos Jurídicos informou que o Sinpro entrou na Justiça contestando a quebra de isonomia contida na Lei Complementar 191/22. A ação reivindica que o congelamento dos anuênios seja revogado para o conjunto das categorias, não apenas para servidores(as) da saúde e da segurança, já contemplados pela lei.

Em seguida, a comissão de negociação relatou sua reunião com o governador Ibaneis Rocha, que aconteceu na última segunda-feira, 21. A diretoria do Sinpro avalia que o encontro foi muito importante para estabelecer o diálogo acerca da pauta de reivindicações, da qual o governador Ibaneis tem conhecimento desde quando ainda era candidato. A reunião só foi possível pela força demonstrada pela mobilização – em especial, a expressiva participação da categoria na primeira assembleia do ano, nas assembleias regionais e na paralisação do dia 22 de fevereiro.

>>> Saiba mais sobre a reunião entre a comissão de negociação do Sinpro e o governador Ibaneis Rocha.

Ao governador, a comissão destacou a importância do cumprimento da meta 17 do PDE (Plano Distrital de Educação), que versa sobre a isonomia salarial entre as carreiras de ensino superior do GDF. Para alcançá-la será necessário adotar algumas estratégias, sendo que a incorporação da Gaped pode ser uma delas. O governo providenciará um estudo de impacto acerca dessa proposta.

O governo afirmou à diretoria do Sinpro que atenderá a dois pleitos importantes: a ampliação da abrangência do GDF Saúde para nacional, sem aumento de mensalidade; e a manutenção do pagamento do valor referente ao auxílio-saúde – um projeto nesse sentido será enviado à Câmara Legislativa.

Por fim, Ibaneis se comprometeu com a manutenção das reuniões de negociação, e a próxima já está agendada para a próxima semana. Essa é uma vitória importante, que só foi possível graças à mobilização da categoria.

Em assembleia, categoria do magistério público mostra que está unida e forte | Foto: LUZO Comunicação

 

Encaminhamentos

Por isso, é fundamental fortalecer a agenda de lutas e ampliar a mobilização nos locais de trabalho. Isso exercerá uma importante pressão sobre o governo, interferindo positivamente nos rumos das conversas na mesa de negociação.

Para dar sequência às lutas de 2022, a assembleia geral aprovou um calendário que inclui intensificar as visitas às escolas em todas as regionais (veja quadro abaixo), para aprofundar os debates e envolver mais e mais professores(as) e orientadores(as) educacionais. Ao final desse processo, dia 27 de abril haverá uma nova assembleia geral com paralisação. Se for necessário, essa data pode ser antecipada.

Atenção ao calendário aprovado pela assembleia geral:

02 de abril (sábado)
Oficina sobre direito ao corpo e direitos reprodutivos, na Chácara do Sinpro

09 de abril (sábado)
Bolsonaro Nunca Mais! – Atos públicos contra o aumento nos preços dos combustíveis e gás

18 de abril (segunda-feira)
Lançamento do Coletivo LGBTQIA+ do Sinpro, na sede do Sinpro (SIG), às 19h

27 de abril (quarta-feira)
Assembleia Geral com paralisação

29 de abril (sexta-feira)
2ª Conferência Distrital Popular de Educação Melquisedek Garcia (2ª Conape), na Eape (907 sul)

30 de abril (sábado)
VII Corrida do Sinpro

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