Assejus declara apoio à greve dos professores e orientadores educacionais do DF

A Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (Assejus) declarou apoio incondicional à greve dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública de ensino no Distrito Federal. Segundo a nota, a greve teve início no último dia 4 de maio, mas a pauta de reivindicações encontra-se com o Governo do Distrito Federal (GDF) há cinco anos sem que haja qualquer disposição em dialogar ou mesmo atendê-las, o que confirma sua intransigência e falta de compromisso com o ensino público.

Por esses motivos, a Assejus manifesta total apoio à greve dos(as) educadores(as), ao tempo em que conclama as autoridades distritais que se empenhem e cumpram com os reiterados compromissos apresentados à população brasiliense nas épocas de eleições.

Confira abaixo a nota na íntegra:

 

18 APOIO GREVE NOVO

Nota de apoio da Assejus à greve dos professores e dos profissionais da educação da rede pública de ensino do Distrito Federal

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” – Cora Coralina

A Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal vem a público manifestar total apoio à greve dos professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino no Distrito Federal.

A greve teve início no último dia 4 de maio, mas a pauta de reivindicações encontra-se com o Governo do Distrito Federal (GDF) há cinco anos sem que haja qualquer disposição em dialogar ou mesmo atendê-las, o que confirma sua intransigência e falta de compromisso com o ensino público.

Tentando lançar a opinião pública contra o movimento paredista dos professores e orientadores educacionais, o GDF não explica o motivo de deixar sem respostas inúmeros ofícios enviados pelo sindicato da categoria às autoridades solicitando abertura da mesa de negociações e a razão de professores e orientadores receberem abaixo do piso nacional do magistério em plena capital do país.

Sem o mínimo constrangimento, o GDF concedeu aumento de 25% ao governador, à vice-governadora e aos secretários de Estado, enquanto os profissionais da educação amargam perda do poder de compras da ordem de 30% com o fenômeno inflacionário, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Embora o piso salarial para o magistério seja de R$ 4.420,00, os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal têm vencimento inicial fixado por tabela em R$ 3.382,00, ou seja, mais de R$ 1 mil abaixo do piso nacional.

A pauta de reivindicações da categoria não se limita e nem se exaure nas questões salariais, pois inclui melhores condições de trabalho. Afinal, levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) constatou que um terço das unidades visitadas tem problemas sérios com segurança, acesso de pessoas estranhas ao ambiente escolar, falhas nos sistemas de segurança contra incêndio, falta de acessibilidade, alimentação e itens de higiene, além de infiltrações e bebedouros quebrados e sem manutenção.

A categoria também reivindica a homologação, a convocação e a nomeação de todos os aprovados no último concurso para a carreira do magistério, ocorrido em 2022, já que a rede pública de ensino conta com mais de 13,7 mil professores em regime de contratação temporária, o que representa cerca de metade da regência de classe em condições precárias de trabalho.

Por esses motivos, a Assejus manifesta total apoio à greve dos professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal, ao tempo em que conclama as autoridades distritais que se empenhem e cumpram com os reiterados compromissos apresentados à população brasiliense nas épocas de eleições.