As muitas fomes da humanidade
O mundo precisa de beleza. Essa é a mensagem que o téologo e o professor Leonardo Boff trouxe para o magistério público do Distrito Federal durante sua palestra na Mesa intitulada “Você tem fome de quê?”, na noite desta quinta-feira (16). “O poeta cubano Onélio Cardozo diz que temos fome de pão, que é uma fome saciável; e fome de beleza, que é insaciável. Junto com isso, cito uma frase do escritor russo, Fiódor Dostoiévski, em que ele diz que é a beleza que irá salvar o mundo. Temos fome de beleza”, disse.
Boff explicou o que significa essa beleza: “Temos muitas fomes. Algumas são saciáveis. E, as mais profundas, são insaciáveis. A existência humana só ganha sentido quando ela procura espicular as duas fomes: a fome de pão, de convivência, de cuidado com a natureza; mas também fome de infinito, solidariedade, transcendência. O ser humano tem as duas coisas. Para ele a plena humanidade se dá da articulação das muitas fomes que ele tem, alguma saciáveis como a do pão; outras insaciáveis como a de beleza e a de transcência”.
Com esse tema, ele trouxe para a abertura do congresso uma nova reflexão sobre as várias fomes que vão desde o cuidado com o próprio corpo até o cuidado com a natureza, da compaixão e solidariedade até a educação, a espiritualidade como dimensão do profundo do ser humano. Para Boff, a humanidade precisa encontrar, urgentemente, o “ponto Deus” do cérebro e pôr em prática a vantagem evolutiva de que desfruta.
Confira, posteriormente, matéria completa e consolidada com entrevista exclusiva do teólogo Leonardo Boff para o Sinpro-DF.