As máscaras continuam sendo importantes, não abra mão delas!

Desde o início da pandemia, o uso de máscaras de proteção é o principal aliado para se evitar o contágio pelo novo coronavírus e todas as suas variantes. A máscara, ao cobrir a boca e o nariz, evita que os aerossóis se dissipem pelo ar, fazendo com que ela seja uma proteção tanto para quem a utiliza quanto para aqueles e aquelas que estão ao seu redor.

Os números trágicos alcançados pela Covid-19 – 5 milhões de mortos no planeta, mais de 600 mil só no Brasil – seriam ainda mais terríveis se mecanismos de proteção, como a máscara, não tivessem sido utilizados. É por isso que soa como profunda irresponsabilidade que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, desobrigue seu uso nos espaços abertos, medida que entrou em vigor nesta quarta-feira, 3. Mais que isso, o governador admitiu para o Correio Braziliense na segunda-feira, 1 de novembro, que avalia suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras também em locais fechados.

Embora os números aparentem que a pandemia deu uma trégua, não é necessário pesquisar muito para entender que a vitória se refere a uma batalha, não à guerra. A pandemia ainda não pode ser considerada superada, e se agora os dados permitem algum otimismo, esse patamar só pôde ser alcançado porque as vacinas e as medidas de proteção fizeram a diferença. As experiências mundo afora mostram que diversos países que vivenciaram uma notável queda nos índices de contaminação, hospitalizações e mortes, ao relaxar com as medidas de proteção, viram os números aumentarem novamente. Um exemplo claro é o de Israel, país que primeiro vacinou sua população.

“O Brasil corre o risco, mais uma vez, de ignorar as lições que outros países deixam”, aponta a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa. “Imaginem o retorno das escolas em capacidade integral no DF, com intensa circulação de pessoas, salas mal ventiladas e desobrigação do uso de máscaras!”, ela alerta.

Portanto, é importante que o país se prepare para oferecer a dose de reforço da vacina a toda a população, bem como que não afrouxe as orientações de segurança, como uso de máscara e distanciamento social. Nesse sentido, o governador Ibaneis, ao seguir a política genocida de Bolsonaro mais uma vez, oferece o povo do Distrito Federal ao sacrifício. Em breve, podemos pagar muito caro pela precipitação na reabertura de escolas, desobrigação de máscaras e liberação de eventos que promovem aglomerações.