Aposentados exigem fim do calote do GDF

O auditório do Sinpro-DF ficou pequeno para o grupo de professores(as) e orientadores(as) educacionais aposentados se reunir com dirigentes do Sindicato.
O encontro, na manhã desta terça-feira (4), teve por objetivo construir propostas de luta e mobilização, engrossando o movimento para que estes(as) servidores(as) recebam finalmente o pagamento (pecúnia) da licença-prêmio.
De acordo com dados do Sinpro-DF, 999 professores(as) e 16 orientadores(as) educacionais se aposentaram desde o início deste ano e ainda lutam para receber este direito. Além dos aposentados este ano, 309 que se aposentaram em 2015 também aguardam o pagamento.
Em outras palavras, desde julho de 2015 os(as) servidores(as) da carreira magistério que se aposentaram lutam para receber a pecúnia da licença-prêmio.
Os profissionais aposentados já estão fartos das desculpas do governo de não haver verbas para honrar esse compromisso e não cumprir a legislação do Distrito Federal. A Lei Complementar nº 840/11 preconiza que esse pagamento aconteça em até 60 dias após a aposentadoria.
Os(as) aposentados(as) também denunciam a pressão que o governo faz para não pagar o que deve. “Nas reuniões com o GDF sempre nos é falado que se pagarem as licenças-prêmio não haverá recursos para pagar os salários. Isso chega a ser uma chantagem”, enfatizou uma professora aposentada.
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Para a coordenadora da Secretaria para Assuntos de Aposentados do Sinpro-DF, Sílvia Canabrava,“todos(as) os(as) aposentados(as) estão com duplo prejuízo porque, além de não terem usufruído da licença-prêmio durante os mais de 25 anos de magistério, não receberam a pecúnia relativa a esse direito. Exigimos que o governo cumpra a Lei e respeite o servidor que dedicou sua vida à educação do DF”, afirmou.
Uma comissão formada por aposentados(as) e dirigentes do Sindicato foi constituída para montar um calendário de ações, de forma a construir um movimento coeso e crescente.