Após o golpe, os direitos LGBT estão ameaçados no Brasil, diz especialista

O secretário de Direitos Humanos da CNTE, Christovam Mendonça, afirmou que, após o golpe no Brasil, os direitos LGBT estão ameaçados e é algo muito preocupante diante das políticas conservadoras defendidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. O alerta foi feito na reunião que debate a Educação Pública e os Direitos LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexual), que acontece no Actuall Hotel, em Belo Horizonte, dentro das atividades que precede o IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano.
Christovam fez uma apresentação sobre a Discriminação por Orientação Sexual e o processo histórico de reconhecimento da diversidade sexual na tarde de hoje, 13, para representantes do movimento sindical da educação do Brasil e países da América Latina.
Segundo ele, o Brasil é o país que mata um homossexual por dia, muitos por crimes bárbaros que não são investigados. “As mortes no país representam 44% das vítimas em todo o mundo. Ainda assim, conseguimos nos reunir para debater a temática, como neste evento”, comentou.
Diferente do que tem acontecido após o golpe no Brasil, Christovam lembra que a partir de 2003, nos governos de Lula e Dilma Rousseff, as políticas de direitos LGBT avançaram no país. Foi criado o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBT, ocorreram as conferências nacional, estaduais e municipais dos direitos LGBT. “Também em 2010 foi instituído o 17 de maio, como Dia Nacional de Combate à Homofobia”, observou.
A reunião tem o propósito de promover a socialização das políticas de direitos LGBTI nos países da América Latina e Espanha e definir os pontos de avanços para pautar a luta contra a homofobia nas escolas públicas e na sociedade. Os debates se encerram nesta terça-feira.