Após ação do Sinpro, GDF deverá responder à Justiça ordem de retorno presencial sem a D2

O Governo do Distrito Federal tem cinco dias para prestar informações sobre a determinação do retorno presencial de professoras/es e orientadoras/es educacionais da rede pública que não estão completamente imunizados ou, por algum motivo, não se vacinaram. O prazo passa a contar a partir desta terça-feira (14/9), por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em resposta à ação do Sinpro-DF para garantir isonomia de tratamento e defesa da vida.

A determinação do retorno presencial de servidoras/es do magistério público sem a imunização completa contra o vírus mais temido do século foi oficializada pela circular nº 7, publicada no último dia 8 de setembro. Sem qualquer diálogo com a Comissão de Negociação do Sinpro-DF, a decisão unilateral atropelou acordo firmado entre o governo e o Sinpro-DF, construído em negociação oficial.

Assim que publicada a circular, o Sinpro-DF iniciou a tentativa de diálogo com o GDF, mas sem nenhum resultado positivo. Diante do ataque à vida de parte da categoria e do tratamento desigual para este conjunto de trabalhadoras/es, o Sindicato não teve outra opção a não ser acionar a Justiça para que a arbitrariedade irresponsável fosse barrada.

“A nossa pauta principal é a defesa da vida. Nunca nos recusamos a construir negociações. Muito ao contrário. Essa sempre foi nossa primeira opção. Aliás, garantimos questões importantes a partir deste processo legítimo. Mas houve uma ruptura deste processo, feito pelo GDF. Isso é grave. Não só pela quebra em si de um compromisso firmado, mas por essa decisão colocar vidas em jogo. A pandemia não acabou. Ao contrário, a variante Delta assusta. Não abriremos mão de nenhuma vida”, afirma a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa.

O acordo firmado pela Comissão de Negociação do Sinpro-DF garantia o retorno presencial às salas de aula apenas de trabalhadoras/es em educação que já tivessem tomado a segunda dose das vacinas que atingem seu potencial de imunização com a D2, depois de 15 dias dessa dose, ou após 15 dias da aplicação do imunizante da Janssen, que é de dose única. A garantia está assegurada na circular nº 4, publicada no último dia 31 de julho.

Minha vida também vale muito
Nesta quarta-feira (15/9), o Sinpro-DF lançará a campanha “Minha Vida Também Vale Muito”. A iniciativa tem como objetivo exigir do GDF a isonomia de tratamento com servidoras/es da categoria e a defesa da vida.

A campanha terá como carro-chefe a publicação de fotos de professoras/es e orientadoras/es educacionais segurando cartazes com a frase “Minha Vida Também Vale Muito”. O material será postado nas redes sociais do Sinpro-DF, com marcação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do GDF, da SEEDF e da secretária da pasta, Hélvia Paranaguá.

Letícia Montandon, dirigente do Sinpro-DF

 

“Vamos mostrar para o governo que a nossa categoria não aceita desrespeito e, muito menos, a banalização da vida. Pessoas continuam morrendo, e ações como essa do GDF são consideradas hediondas. É essencial que todas e todos participem da campanha para darmos peso a essa pauta urgente. A volta presencial só pode ser realizada com a D2, depois de 15 dias”, dialoga a dirigente do Sinpro-DF Letícia Montandon.

As orientações sobre a campanha “Minha Vida Também Vale Muito” serão publicadas nesta quarta-feira (15/9) no site e redes socais do Sinpro-DF.

 
 

MATÉRIA EM LIBRAS