Ao invés de investir na educação, GDF judicializa a greve da categoria e mostra que a educação nunca foi prioridade

Em nota a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) ressalta que o governador Ibaneis Rocha não esperou 3 dias para, em um plantão judiciário de final de semana, entrar com um recurso no Tribunal de Justiça local para atacar a greve. Em posição absolutamente alinhada com o governador, o juiz decretou a ilegalidade do movimento que atendeu a todos os requisitos previstos na legislação. Se não bastasse, o governador, em ações típicas de comportamento político pequeno, aciona os meios de comunicação locais para jogar a população contra os(as) trabalhadores(as). E ainda por cima, o governo do DF se rebaixa ainda mais pagando propagandas milionárias na televisão, em horário nobre, para falar contra a greve.

Os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais de todo o Brasil, que já se miraram no exemplo de Brasília quando a cidade garantia o maior salário para o magistério público de todo o país, se solidarizam com a luta dos(as) educadores(as) da capital federal. Ao tempo em que repudiam a postura truculenta da atual gestão e do alinhamento descabido da decisão monocrática do juiz, estamos unidos(as) e solidários(as) a essa tão importante greve do magistério do DF.

Confira abaixo a nota na íntegra:

DF CONTRA PISO

 

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Depois de inúmeras tentativas de negociar com o Governo sua pauta de reivindicações durante esses quatro primeiros meses do ano de 2023, e ter como resposta o silêncio e a indiferença típicas da gestão do Governador Ibaneis Rocha, a categoria não encontrou outra alternativa se não o de deflagrar o movimento grevista.

Os/as professores/as do DF se depararam, assim, com um cenário desolador na capital da República: se não bastasse quase uma década inteira sem reajuste salarial, a primeira greve do magistério deflagrada desde que o atual governador se elegeu, ainda o ano de 2018, tem agora enfrentado a truculência de quem, definitivamente, não sabe conviver e viver na democracia. O Brasil inteiro conheceu esse perfil antidemocrático de Ibaneis Rocha no último dia 08 de janeiro, quando a cidade foi abandonada nas mãos de vândalos e terroristas e, por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) do país o afastou por 90 dias de seu cargo. Mas agora, diante da greve dos/as professores/as da cidade, sua truculência e verve antidemocrática se revelam ainda maiores.

O governador Ibaneis não esperou 3 dias para, em um plantão judiciário de final de semana, entrar com um recurso no Tribunal de Justiça local para atacar a greve. Em posição absolutamente alinhada com o governador, o juiz decretou a ilegalidade do movimento que atendeu a todos os requisitos previstos na legislação. Se não bastasse, o governador Ibaneis, em ações típicas de comportamento político pequeno, aciona os meios de comunicação locais para jogar a população contra os/as trabalhadores/as. E ainda por cima, o governo do DF se rebaixa ainda mais pagando propagandas milionárias na televisão, em horário nobre, para falar contra a greve.

Trata-se de um manual claro e evidente de um gestor público avesso à democracia e ao bom exercício do diálogo social. Se arvora a ser dono da verdade, mas não consegue sentar em uma mesa de negociação e dar vazão às enormes e verdadeiras demandas da educação do DF.

Cumpre destacar que, como o Sindicato dos Professores do DF (SINPRO) vem denunciando, ilegal mesmo não é a greve legítima dos/as educadores/as, mas sim a gestão de Ibaneis Rocha que paga hoje ao seu/ua professor/a no DF um salário menor do que o piso salarial nacional da categoria. E, ainda por cima, é a remuneração do/a professor/a uma das mais baixas de todas as remunerações dos servidores públicos do DF.

Os/as educadores/as de todo o Brasil, que já se miraram no exemplo de Brasília quando a cidade garantia o maior salário para o magistério público de todo o país, se solidarizam com a luta dos/as educadores/as da cidade. Ao tempo em que repudiam a postura truculenta da atual gestão e do alinhamento descabido da decisão monocrática do juiz. Estamos todos/as unidos/as e solidários/as a essa tão importante greve do magistério do DF!