AMÉRICA LATINA FALA SOBRE ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR A PRIVATIZAÇÃO E O COMÉRCIO EDUCACIONAL

Encontro Latino-Americano da Campanha ‘Educar, não lucrar’ em San José, Costa Rica

A Educação Internacional da América Latina (IEAL) reuniu suas organizações afiliadas da Argentina, Brasil, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Paraguai, República Dominicana e Uruguai na primeira data do Encontro Latino-americano da Campanha Mundial contra a privatização e o comércio educacional, em 20 de maio em San José de Costa Rica. O encontro organizado pela Education International (IE) conta com o apoio da Fundação Friedrich Ebert (FES), e vai até quarta-feira, 22 de maio.

Combertty Rodríguez, Coordenador Principal do IEAL, abriu a atividade recebendo os representantes das diferentes organizações. Carmen Brenes, Secretária Geral da Associação Nacional de Educadores da Costa Rica (ANDE) e Vice-Presidente da EIAL para a Sub-Região da América Central, Panamá, República Dominicana e Curaçau intervieram. Brenes refletiu sobre os grandes interesses que orientam as políticas anti-sindicais em diferentes países da região, motivados pela intenção de remover o poder aos sindicatos cuja capacidade de mobilização é um obstáculo para iniciativas de privatização, o comércio educacional e desmantelamento do Estado em geral.

Fátima Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação do Brasil (CNTE) e vice-presidente da IEAL pelo Cone Sul Sub-região, expressou a importância do evento para definir uma posição comum como a região latino-americana de frente para o VIII Congresso Mundial Educação Internacional, a ser realizada em julho próximo na Tailândia. Silva pediu o aprofundamento das ações da Campanha ‘Educar, não lucrar’ para enfrentar a ofensiva da privatização impulsionada pelos governos neoliberais.

Educar, não lucrar

Angelo Gavrielatos, diretor da Global Global Response Campaign, fez um balanço da situação da privatização e do comércio educacional em todo o mundo. Gavrielatos caracterizou as ações promovidas pela Campanha em diferentes países, por meio de “pesquisa para ação”, que envolve as etapas sucessivas de “pesquisa, comunicação e unidade em ação”.

“Não há uma ameaça maior à educação pública de qualidade do que a privatização e o comércio educacional”, disse Gavrielatos, e lembrou a importância de ações solidárias e de ação nos níveis nacional e regional para enfrentar a privatização e a comercialização da região. educação

Gabriela Bonilla, consultora do IEAL, fez uma apresentação atualizada do monitoramento da privatização e do comércio educacional na América Latina.

As informações apresentadas por Gabriela Bonilla estão documentadas no site do Observatório Latino-americano de Políticas Educacionais do IEAL.

“Eles não são experimentos, são o desenho de uma política anti-política”, disse Bonilla, referindo-se a propostas promovidas por setores interessados ​​na privatização e no comércio educacional.

Para encerrar o dia, os representantes das organizações sindicais começaram a exibir exposições sobre o estado atual da privatização e do comércio educacional em seus respectivos países.

Você pode ver imagens da primeira data da reunião neste link .

Fonte: Observatório Latinoamericano de Políticas Educativas