Alunos do CEF 213 de Santa Maria usam a robótica para dar voz a colega PCD
Quem disse que uma limitação física é barreira para se aprender? Estudantes do Centro de Ensino Fundamental 213 de Santa Maria mostraram que mesmo diante de limitações físicas ou mentais, o aprendizado é possível para todos(as). A estudante Ana, que tem paralisia cerebral, é um exemplo prático.
A partir das aulas de robótica realizadas na unidade escolar, alunas tiveram a ideia de criar um programa capaz de dar voz à colega, que mesmo sabendo ler e escrever tem dificuldades em se comunicar. O projeto, batizado de A Voz da Ana, possibilitou Ana de se comunicar verbalmente por meio do equipamento criado e produzido pelas próprias estudantes.
O projeto ROBOTICraft faz parte de uma parceria entre a escola e a Universidade de Brasília (UnB), que promove o projeto M2ICES, tem o objetivo de aumentar o interesse de meninas na área de Exatas, diminuindo a defasagem de mulheres neste segmento. “Trouxe esta situação para a equipe e as meninas começaram a ter ideias de como poderíamos dar voz à Ana. Com o estudo do programa que usamos, perceberam que poderiam gravar frases. Fizeram toda a programação, a construção do equipamento com papelão e apresentamos para a Ana. Ela já começou a dizer coisas que estavam na cabecinha dela”, ressalta o professor William Vieira de Araujo, coordenador do projeto.
Atualmente, onze alunas do Centro de Ensino Fundamental 213 de Santa Maria fazem parte do projeto ROBOTICraft, que incentiva o ensino de robótica e programação.