Artistas de Brasília pedem apoio para participar da Flotilha da Liberdade

Artistas do Distrito Federal são voluntários da edição de 2024 de uma nova ação da “Coligação da Flotilha da Liberdade” (Freedom Flotilla Coalition – FFC)  a caminho de Gaza. O casal de músicos Elení Fagundes e Chico Nogueira, integrantes do “Duo Accordi”, pede apoio a todos e todas para participar da ação em que mais de 1.200 voluntários(as) de 30 países vão levar sua colaboração para a entrega de mais de 5.500 toneladas de alimentos, remédios e outros tipos de ajuda humanitária necessários ao povo palestino sobrevivente do extermínio sionista em curso em Gaza.

As doações podem ser depositadas no PIX: accordiarte@gmail.com.

“Inspirados na percepção de que se alguém se indigna contra a injustiça em qualquer lugar do mundo, essa pessoa é nosso companheiro(a), como foi expresso numa fala de Che Guevara, estamos embarcando nesta viagem. Lutamos em favor de um mundo mais solidário. Entendemos que precisamos de dar a mão ao povo palestino neste momento de situação intolerável, com crianças sem ter nem mesmo anestesia para amputar partes do corpo destroçadas por uma guerra de extermínio contra o povo palestino, pelo Estado sionista de Israel”, justifica Chico Nogueira, músico, compositor e integrante, juntamente com a pianista, cantora, compositora e sua companheira, Elení Fagundes, do dueto “Duo Accordi”.

A Flotilha da Liberdade 2024 está prestes a zarpar

A FFC é formada por três navios, mas a fundação turca IHH Humanitarian Relief Foundation, que lidera o movimento, espera que, nesta viagem prevista para ocorrer nos próximos dias, o número de embarcações aumente. A ideia é zarpar do porto turco de Tuzla, perto de Istambul, e atracar em Gaza em breve. Estão aguardando apenas as autorizações das autoridades turcas para partir.

“Atualmente, o movimento já conta com a adesão de mais três embarcações, o que já somam seis. Das três embarcações principais, uma das maiores, vai abrigar os mais de 1.200 voluntários”, informa o músico. A Flotilha da Liberdade é um movimento mundial de solidariedade com várias iniciativas diferentes em partes do mundo trabalhando em conjunto para acabar com o bloqueio ilegal israelense a Gaza.

Contrária ao genocídio do povo palestino e à invasão ilegal, abusiva, violenta e de limpeza étnica cometida pelo governo sionista de Israel desde 7 de outubro de 2023, a FFC tem desafiado os bloqueios marítimos israelense, protestado contra o genocídio e denunciado todo tipo de política que impacta negativamente na vida dos palestinos. Desde 2008, a flotilha leva ajuda humanitária e faz incursões na região para denunciar, na comunidade internacional, as dificuldades humanitárias por que passa o povo palestino em Gaza.

“Todo mundo que se levanta em qualquer lugar do mundo e apoia a flotilha, com certeza, faz parte dela. Vale destacar que não somos contra o povo de Israel e o valor do povo judeu, mas a gente é contra o Estado sionista de Israel que não respeita tratados internacionais”, diz Nogueira.

2010: ataque à Mavi Marmara mata 10 pessoas

O Exército do Estado sionista de Israel atacou a Flotilha da Liberdade em 31 de maio de 2010 e matou 10 passageiros, nove deles eram turcos, que estavam a bordo da embarcação Mavi Marmara, navio de bandeira turca, e deixou muitos feridos. Na época, a Flotilha da Liberdade era formada por seis navios com passageiros de 40 nacionalidades e levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária à população de Gaza.

Em agosto de 2014, houve uma nova tentativa da FFC de romper o cerco do Estado sionista de Israel a Gaza. Historicamente, o Estado sionista de Israel não cumpre nenhum acordo internacional de convivência pacífica e de respeito a territórios e soberania de outros países, principalmente o Estado da Palestina. A Organização das Nações Unidas (ONU) já reconhece a existência do Estado palestino há muito tempo e reforçou esse reconhecimento na semana passada. Contudo, Estado sionista de Israel não respeita a autonomia e a soberania do povo palestino e seu território.

Desde 1967, Gaza está sob ocupação militar israelense. Em 2005, Israel se retirou oficialmente de Gaza, apesar da resistência de mais de 9 mil colonos em evacuar os assentamentos judaicos ilegais. Desde 2006, no entanto, Gaza está sujeita a um cerco que restringe severamente o acesso a recursos básicos, como alimentos, água e medicamentos. Esse cerco, imposto por Israel, tem sido denunciado por organizações internacionais de direitos humanos.