1º/12 | Dia Mundial de Combate à AIDS/HIV

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Inspirado nas campanhas nacionais e internacionais do Dia Mundial de Combate à AIDS/HIV, o Sinpro-DF realizou, nessa quinta-feira (28), uma atividade pedagógica com estudantes do Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro (Cemi do Cruzeiro), Escola do Parque da Cidade (PROEM) e da Escola Meninos e Meninas do Parque.

A atividade, realizada no Auditório Paulo Freire, na sede da entidade no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), foi uma oportunidade de aproveitar o Dia Mundial de Combate à AIDS/HIV para proporcionar o acesso à informação e promover a conscientização sobre a doença entre estudantes da rede pública de ensino. Para falar sobre o assunto, o Sinpro convidou o pesquisador Andrey Roosevelt Lemos, que realizou duas palestras: uma no turno matutino e, outra, no vespertino, intitulada “HIV/AIDS, conhecer para melhor prevenir”.

Élbia Pires, coordenadora da Secretaria para Assuntos de Saúde do Trabalhador, diz que o evento “foi uma oportunidade de orientação às(aos) jovens na busca de uma vida plena e saudável.  Só o conhecimento e a formação são capazes de proporcionar vivências saudável e respeitosas nas relações”.Para Élbia Pires, coordenadora da Secretaria para Assuntos de Saúde do Trabalhador, diz que o evento “foi uma oportunidade de orientação às(aos) jovens na busca de uma vida plena e saudável.  Só o conhecimento e a formação são capazes de proporcionar vivências saudável e respeitosas nas relações”.

A sindicalista informa que a iniciativa do Sinpro reforça “a necessidade de diálogo e de debate sobre o tema, em especial, com nossos jovens, para que elas e eles possam, em suas vidas, vivenciar relações de afetos respeitosas”. Para isso, o sindicato contou com a participação do palestrante Andrey Lemos, historiador, servidor da FioCruz, especialista em saúde pública e doutorando em participação e controle social no Sistema Único de Saúde (SUS).

“O Cemi, trouxe estudantes em conclusão do Ensino Médio, que viverão novas experiências em suas vidas adultas a partir desta data. O PROEM e a Escola Meninos e Meninas do Parque, que atendem estudantes em situação de alta vulnerabilidade, proporcionam-nos a oportunidade de contribuir com a formação e a orientação global dessas e desses jovens e adultos na busca por vida digna e saudável”, afirma Élbia.

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Dia Mundial de Combate à AIDS/HIV

Engajado na luta pelo direito à vida desde sua fundação, o Sinpro-DF sempre apoiou políticas públicas e campanhas que fortalecem o combate à AIDS/HIV. Neste domingo (1º/12), Dia Mundial de Combate à AIDS/HIV, o alerta para o fato de que o mais importante nessa luta contra a AIDS é adquirir hábitos de prevenção da doença.

O Dia Mundial de Combate a AIDS/HIV foi criado, em 1988, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser celebrada todos os anos no dia 1° de dezembro e dar visibilidade aos métodos de prevenção e de enfrentamento da doença, bem como aos cuidados com as pessoas que convivem com o vírus HIV. No Brasil, a data foi instituída pela Lei nº 13.504/2017, juntamente com o nome da campanha internacional “Dezembro Vermelho” – uma campanha nacional de conscientização e prevenção do HIV/AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que tem início no Dia Mundial de Luta contra a AIDS, no dia 1º de dezembro.

O Ministério da Saúde (MS) informa, em sua página eletrônica, que a campanha é constituída por um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento ao HIV/Aids e às demais IST, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de modo integrado em toda a Administração Pública, com entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais. A campanha deve promover:  iluminação de prédios públicos com luzes de cor vermelha; promoção de palestras e atividades educativas; veiculação de campanhas de mídia; realização de eventos.

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O HIV altera o DNA desses linfócitos e faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, ele rompe os linfócitos em busca de outros, para continuar a infecção. Também informa que, ao desenvolver a infecção, o organismo humano se torna mais vulnerável a diversas doenças, desde um simples resfriado a condições mais graves, como, por exemplo, tuberculose ou câncer. O ministério também explica que é importante saber a diferença entre HIV e AIDS.

“É importante esclarecer que ter o HIV não é o mesmo ter aids. Há muitas pessoas infectadas pelo vírus mas que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Porém, elas  podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as medidas de prevenção”, informa o MS.

A transmissão do HIV ocorre por meio de sexo vaginal, anal ou oral sem a proteção da camisinha; uso compartilhado de seringas; transfusão de sangue contaminado;  da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; ferimentos com instrumentos que furam ou cortam, quando não esterilizados. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.

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Campanha 2024 da UNAIDS

No entanto, viver com HIV é possível desde que a pessoa tenha conhecimento sobre o assunto. Além disso, é possível o mundo erradicar AIDS, basta que os direitos de todas as pessoas sejam protegidos. Este ano, o Sinpro destaca a campanha da UNAIDS que reforça a necessidade de tornar o tema dos direitos humanos no centro das pautas governamentais, das comunidades, das lideranças populares e políticas para que o planeta possa erradicar a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030.

Segundo dados da UNAIDS, “os avanços consideráveis alcançados na resposta ao HIV estão, diretamente, relacionados aos progressos na proteção dos direitos humanos. Por sua vez, os avanços realizados por meio da resposta ao HIV impulsionaram avanços mais amplos na concretização do direito à saúde e no fortalecimento dos sistemas de saúde”.

Dados da entidade indicam que, em 2023, 39,9 milhões [36,1 milhões – 44,6 milhões] de pessoas em todo o mundo viviam com HIV; 1,3 milhão [1 milhão – 1,7 milhão] de pessoas foram infectadas pelo HIV; e 630 mil [500 mil – 820 mil] pessoas morreram de doenças relacionadas com a AIDS. Além disso, cerca de 5,4 milhões de pessoas não sabiam que viviam com HIV em 2023. Clique aqui e acesse o documento. https://www.sinprodf.org.br/wp-content/uploads/2024/11/20240722_UNAIDS_Global_HIV_Factsheet_PTBR.pdf

Lacunas, igualdade de gênero e erradicação da AIDS

A UNAIDS denuncia, ainda, que “as lacunas na compreensão dos direitos humanos para todas as pessoas estão impedindo que o mundo siga o caminho que levará ao fim da AIDS, e estão prejudicando a saúde pública – e agora uma onda de ataques aos direitos ameaça acabar com os progressos alcançados. Acabar com a AIDS exige que alcancemos e envolvamos todas as pessoas que vivem com HIV, que são afetadas ou estão mais expostas ao risco de contraí-lo, especialmente as mais excluídas e marginalizadas”.

A UNAIDS também alerta para o fato de que a igualdade de gênero é fundamental para a erradicação da AIDS no mundo. “A igualdade de gênero é um elemento essencial de uma abordagem baseada nos direitos humanos para responder à AIDS. Aceitação, respeito e cuidado são essenciais. Leis, políticas e práticas que punem, discriminam ou estigmatizam pessoas — por serem mulheres ou meninas, ou por pertencerem a populações-chave ou a outras comunidades marginalizadas — dificultam o acesso à prevenção, testagem, tratamento e cuidados relacionados ao HIV.

Para o Sinpro, todas as barreiras erguidas pelos preconceitos e desvios de finalidade do Estado nacional devem ser demolidas em nome da vida. Neste Dia Mundial de Combate à AIDS/HIV, reforçamos a defesa dos direitos humanos de todas as pessoas para que o mundo possa dar uma resposta eficaz e humanizada ao HIV. Esta data é o momento de reforçamos as ações diárias de proteção à saúde de todas as pessoas, protegendo seus direitos.

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