Sinpro e Centcoop assinam acordo de cooperação para promoção de educação ambiental

 

Este ano, o Sinpro deu mais um passo para materializar sua luta cidadã pela melhoria da qualidade de vida da população do Distrito Federal e a defesa do meio ambiente na capital do País. No dia 3 de abril, assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Central de Cooperativas de Trabalhadores em Material Reciclável (Centcoop) para, juntas, construírem ações de sensibilização da população com vistas a ampliar os indicadores da coleta seletiva.

O acordo tem duração de 36 meses e foi assinado durante um evento realizado Complexo Integrado de Reciclagem (CIR) da Centcoop com a presença de vários(as) diretores(as) do Sinpro-DF, representantes da Central e do Observatório da Inclusão Social dos Catadores. Durante 3 anos, o Sinpro e a Centcoop colocarão prática, em parceria com o Observatório, ações de esclarecimento da população acerca da importância de sua escolha na consumação de produtos, adotando os princípios da redução, reaproveitamento e reciclagem, bem como o adequado tratamento dos resíduos pós-consumo e a separação de materiais dos resíduos gerados.

 

 

Outro objetivo dessa mobilização é garantir a geração de emprego e renda por meio da coleta seletiva e reciclagem de resíduos. No ACT estão definidos os compromissos que as duas entidades terão de executar para a materialização de uma educação ambiental capaz de conscientizar a população do Distrito Federal da importância da mudança de atitude ao consumir produtos e ao descartar seus resíduos a fim de minimizar o aquecimento global. Na ocasião da assinatura, Gilza Camilo, coordenadora da Secretaria de Administração do Sinpro-DF, reconheceu a importância do acordo e disse que foi um prazer para o Sinpro fazer a visita guiada e ver como funciona uma central de coleta seletiva e reciclagem.

 

Acordo de Cooperação Técnica e a educação ambiental

“Hoje a gente assina o acordo de cooperação entre o Sinpro-DF e a Centcoop. O Sindicato dos Bancários já é parceiro e a sede deles vai ser um EcoPonto (Eco .). A gente quer fazer isso no Sinpro e atuar em algumas escolas para implantar esse projeto piloto de educação ambiental e incentivar, no DF, a coleta seletiva para o nosso bem e o bem das próximas gerações, também para que a gente tenha um meio ambiente equilibrado e que possa gerar renda. Algumas escolas já se colocaram à disposição, como o Setor Oeste e Centro Educacional Agrourbano Ipê (CED Agrourbano Ipê) do Caub 1, perto do Gama, em que já existe um projeto de educação ambiental em curso, que envolve agrofloresta e outras experiências de proteção às nascentes e mantém um trabalho de preservação ambiental”, disse Gilza.

 

 

No evento, Aline Sousa, presidente da central, conta um pouco dos 14 anos de história da entidade, que já chegou a ter 30 empreendimentos associados. “Atualmente, temos 21 empreendimentos. Agregados a essas 21 cooperativas, há mil catadores, dos quais 70% são mulheres”, informou. Ela também contou que a luta pelo espaço do CIR durou 10 anos e contou com o apoio do segundo governo Lula para aquisição de um espaço 160 mil metros para instalação dos dois galpões e uma sede que acolhe os escritórios de cada uma das cooperativas associadas.

“Na época, a Fundação Banco do Brasil fez a primeira estrutura e, por meio de uma carta emitida pelo Governo do Distrito Federal, recebemos ajuda do BNDES para construir dois galpões e uma central de comercialização. Atualmente, temos uma gestão compartilhada deste espaço com o GDF, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e o Serviço de Limpeza Urbana. Por mês, entra um total de 1.100 toneladas de resíduos domiciliares, mas não conseguimos aproveitar 60% deles”, informa.

Segundo Aline, as empresas que coletam os resíduos domiciliares misturam com o lixo tornando a maior parte dos resíduos inapropriados para a reciclagem porque chegam muito contaminados. “Das 14 cooperativas com contrato de coleta seletiva de ponta a ponta, a gente tem nove, que têm 90% de eficiência na coleta. Ou seja, dos resíduos que vêm das empresas, a gente só consegue aproveitar 40%, já a coleta de nossas cooperativas gera apenas 3% de rejeito”.

O projeto conta com a parceria do Observatório da Inclusão Social dos Catadores. Márcia Kumer, integrante do Observatório, também participou do evento de assinatura do ACT. “As ações do Observatório são no sentido de viabilizar a consolidação do Complexo de Integrado de Reciclagem e a principal ação é a sensibilização das famílias para a correta separação dos resíduos. Os resíduos precisam chegar limpos ao complexo. Resíduo sujo é lixo e acaba no aterro sanitário. Se fizermos a nossa parte dentro de casa,  o material chegará com qualidade e possibilitará seja aproveitado, gerando renda para as famílias. Por isso, é tão importante a educação ambiental nas escolas”, explica.

 

 

A escola e o sindicato são instrumentos da preservação da vida

O primeiro passo para a materialização do Acordo de Cooperação Técnica (ACT), assinado pelo Sinpro-DF e a Central de Cooperativas de Trabalhadores em Material Reciclável (Centcoop), foi o lançamento do projeto de educação ambiental “Meu planeta, nossa casa”, realizado no Centro Educacional Agrourbano Ipê do Caub I (CED Agrourbano Ipê), no Riacho Fundo, na segunda-feira (7/8), com a presença do Sinpro, Centcoop, Observatório e várias escolas da rede pública de ensino.

Rosilene Corrêa, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), participa do projeto e está otimista. “Tem tudo para dar certo, mas precisamos de envolver toda a sociedade. Essa é uma tarefa de todo mundo. Por isso, fomos à Câmara Legislativa e buscamos o apoio dos deputados para garantir emendas às escolas para elas terem recursos para executarem o projeto”.

“Não tenho dúvidas de que é a educação, portanto, é a escola que pode mudar as pessoas para que elas possam transformar o mundo. Não vejo um espaço mais rico e de maior alcance de mudanças do que as escolas”, completa a sindicalista. Ela ressalta, ainda, o papel dos sindicatos na construção desse novo comportamento social para minimizar as mudanças climáticas”, afirma a sindicalista.

Ela diz que os sindicatos também são instrumento de mudança social. “Lidam com os trabalhadores que, por sua vez, influenciam positivamente suas famílias e são repercussores(as) de novos comportamentos etc. Daí a ideia de transformar os sindicatos, locais de trabalho e outros espaços em ambientes dessa transformação”.

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