ABGLT apresenta plataforma participativa para as eleições

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (ABGLT) lançou um documento com as principais propostas eleitorais aos candidatos para o Executivo e o Legislativo. O texto final foi baseado em uma consulta digital, realizada entre os meses de junho e julho para as pessoas enviarem o que consideravam mais urgente para eleições deste ano.
O presidente da ABLGT, Carlos Magno, considera que o lançamento do documento é de extrema importância para que os cidadãos LGBT possam identificar de fato os candidatos que estão alinhados com a pauta. “O momento eleitoral é muito importante para nossa população e para o país. Precisamos votar em candidatos que estejam realmente do nosso lado e defendam a pauta do movimento. Só assim conseguiremos eleger mais candidatos comprometidos com os LGBT e com defesa dos direitos humanos”, declara Magno.
Para Vinicius Alves, da Secretaria de Movimentos Sociais da ABGLT, a maneira como foi pensada a plataforma digital e participativa dialoga com as novas maneiras de disputar a política que emergem na conjuntura atual. “A nossa plataforma esse ano representa a nova síntese que a entidade e outras organizações tentam propor à democracia brasileira. Uma síntese laica e republicana, que não opera pela obstrução de direitos, mas sim pelo fortalecimento da afirmação e reparação histórica”, diz o secretário.
Guilhermina Cunha, vice-presidenta da ABGLT, disse que serão realizados eventos ao redor do Brasil para angariar assinaturas. . “Já compreendemos hoje enquanto movimento e pessoas LGBT que a sexualidade e o gênero são construídos na relação com o outro, a nossa agenda política também precisa refletir isso. E fortalecer na articulação e composição com outras agendas importantes a nosso processo democrático”, conclui.
O sistema on-line de participação politica da ABGLT conta com quatro plataformas voltadas aos candidatos à presidência da República, governo do estadoSenado e para deputados estaduais efederais. Nas plataformas, os candidatos assinalam com quais questões se comprometem ou não.
Além da agenda clássica do movimento LGBT, que envolve o casamento igualitário, nome social e criminalização da homofobia, temas como política de redução de danos, democratização dos meios de comunicação, aborto e reforma politica também estão presentes.
(Da Revista Forum)