A primeira “Marsha” Trans de Brasília

Na tarde de domingo (28/1), a Esplanada dos Ministérios foi palco da primeira “Marsha” Trans, um espaço luta e resistência, em celebração dos 20 anos do Dia da Visibilidade Trans no Brasil, comemorados nesta segunda-feira (29/1). O nome “Marsha”, com essa grafia, é em homenagem à ativista trans Marsha P. Johnson, que lutou pelos direitos da comunidade LGBTIQIAPN+ em 1969. Os manifestantes “marsharam” do Congresso até o Museu Nacional.

O evento foi organizado por mais de 40 entidades, entre elas a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Programa de resposta à epidemia de HIV/Aids da ONU (UNAIDS), o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT) a Secretaria Nacional LGBTIQIAPN+ e outros importantes setores do governo federal que entendem a importância da implementação de políticas públicas para a população trans.

O evento também contou a importante participação ativa dos Grupos de famílias organizadas em entidades como os grupos “Mães pela Diversidade”, “Mães pela Resistência”, com muitas professoras da rede pública do DF liderando o trabalho dessas entidades que vêm realizando um excelente trabalho. Estava presente também o grupo “Minha Criança Trans”.

O Coletivo LGBTQIA+ do SINPRO DF marcou presença com a participação de várias professoras(es) e orientadoras(es) educacionais. Vários outros sindicatos também marcaram presença, e também o coletivo LGBTQIAPN+ da CUT, que contou com a participação do Secretário nacional Walmir Sequeira.

Além de Marsha Johnson, também foram homenageadas Katia Tapety, a primeira travesti a ocupar um cargo político no país; Jovanna Baby, que fundou a primeira instituição trans do país; e Keila Simpson, a primeira travesti a receber o título de doutora honoris causa no país.

“A ‘Marsha’ foi um momento amorosidade e de grande reflexão e ruptura acerca da luta por direitos para as pessoas trans. Lutar para existir, resistir e transformar a dura realidade das trans, travestis e transexuais do nosso pais. Por ocupação de espaços de poder na política e no trabalho. Por justiça, equidade e política social”, declarou Ana Cristina Machado, da Secretaria de Assuntos de Raça e Sexualidade do Sinpro-DF, que esteve presente na Marsha.