"A luta em defesa da democracia é bandeira da CNTE", diz Heleno

A Praça Santos Andrade ficou pequena, nesta quarta-feira (10), diante de uma multidão que foi a Curitiba para defender a democracia e a justiça social. Trabalhadores e trabalhadoras de todo o país chegaram aos poucos ao local, onde foi montado palco para o ato da Jornada em Defesa da Democracia, que iniciou às 10h e deve seguir noite adentro. São esperadas pela organização, pelo menos, 30 mil pessoas.
O presidente da CNTE, Heleno Araújo Filho, que também participa da Jornada, em lembrança ao ato covarde da polícia militar contra os professores paranaenses no dia 29 de abril do ano passado, destacou a importância de as pessoas estarem em Curitiba em um momento simbólico para a história do Brasil. “Prestamos aqui o nosso apoio à APP Sindicato, perseguida no Paraná em razão de fazer a luta contra os avanços das medidas neoliberais no serviço público”, ressaltou.
Para Heleno Araújo, os trabalhadores devem fazer o enfrentamento contra a criminalização dos movimentos sociais e sindicais, que se intensificam em todo o país depois do golpe parlamentar que afastou a presidente eleita Dilma Rousseff. “Uma das bandeiras da CNTE e dos trabalhadores em educação sempre foi a luta pela democracia. Não podíamos deixar de estar aqui hoje para somar forças com os demais trabalhadores contra as medidas desse governo ilegítimo de Temer, que quer retirar nossos direitos”, declarou.
Na praça, rebatizada de Praça da Democracia por ser palco de lutas pela democracia na Capital paranaense, localizada em frente à centenária Universidade do Paraná, milhares de pessoas chegaram pela manhã, carregando faixas, bandeiras e entoando gritos de ordem e apoio à democracia. Caravanas de vários estados em centenas de ônibus estão na cidade.
Ao contrário do que a grande mídia anunciou em seus noticiários, não há clima de guerra, mas sensação de liberdade e paz. Tanto as lideranças políticas como os movimentos sociais têm usado seus discursos para pedir justiça social e um Brasil para os brasileiros. “Queremos um país em que o povo volte a sentir orgulho de ser brasileiro e segurança para trabalhar e viver dignamente”, reforçou o presidente da CNTE.