A importância da formação continuada e o papel da UnB para a rede de ensino do DF

No cenário educacional contemporâneo, a formação continuada dos (as) professores (as) e orientadores (as) educacionais é considerada um elemento indispensável para garantir uma educação de qualidade que esteja alinhada com as demandas da sociedade em constante transformação. No Distrito Federal, além do acesso à formação continuada pela Secretaria de Estado da Educação (SEEDF), os(as) educadores(as) têm como aliada a Universidade de Brasília (UnB), que nesta semana divulgou a duplicação de ações de extensão nos últimos três anos, com um aumento significativo de 1,9 mil para cerca de 3,6 mil.

A formação continuada é importante em qualquer área profissional, sobretudo para os aqueles envolvidos no processo de formação, como os(as) educadores(as), devido às mudanças contemporâneas recorrentes com o avanço das tecnologias e do desenvolvimento da ciência, o que demanda um processo contínuo de formação para que esteja em sintonia com as demandas da sociedade. Além do desenvolvimento pessoal e profissional, a formação possibilita aos(às) professores(as) e orientadores educacionais (as) da rede pública o direito à progressão na carreira. 

Na UnB, os(as) educadores(as) do DF podem acessar os cursos por meio de editais e processos seletivos divulgados na página principal da universidade dos Decanatos de Extensão, Graduação e Pós-Graduação, nas diferentes unidades acadêmicas. Os  pólos de extensão estão presentes no Recanto das Emas, Paranoá, Cidade Estrutural, território Kalunga e Chapada dos Veadeiros, em Goiás, além dos campus Plano Piloto, Ceilândia, Gama e Planaltina. 

Apesar de não ser possível precisar o número de professores(as) e orientadores(as) da rede pública envolvidos nos cursos de extensão, a decana de Extensão da Universidade de Brasília(UnB), Olgamir Amancia, aponta que o grupo forma a uma parcela significativa, devido ao fato de os editais induzirem o desenvolvimento das ações em parceria com as escolas públicas do DF, preferencialmente. Somente em 2022 foram realizados 622 cursos de extensão e o desenvolvimento de mais de 650 projetos e programas na universidade.  

A UnB também oferece programas de especialização, mestrado e doutorado voltados especificamente para a formação de professores (as) e orientadores (as) e gestores (as) educacionais, sendo que cerca de 25% desses cursos de graduação têm licenciaturas, com o intercâmbio de conhecimento entre as escolas e os universitários. “Há uma ampla repercussão na formação dos profissionais que atuam na SEEDF, assim como sobre a comunidade universitária que, muito aprendeu com a experiência dos  docentes da educação básica”, diz a decana.

Em meio aos desafios enfrentados sociais do país, ela destaca a importância de investir em educação como um meio fundamental para promover o desenvolvimento econômico e social, garantindo uma educação democrática, inclusiva e de excelência. Ele ressalta o papel da UnB como uma instituição comprometida em fortalecer essa aliança entre a educação básica e a educação superior, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 

A ampliação da oferta de ações de extensão na UnB é atribuída por ela à postura da gestão superior da universidade em promover uma maior aproximação com a sociedade, reconhecendo a importância desse movimento na construção de uma universidade democrática e de excelência. Esse compromisso, segundo a docente,  resultou em um aumento significativo nos recursos destinados às ações de extensão, garantindo uma maior transparência e participação nos processos de seleção.

Universidade 60mais

Em um movimento para ampliar a participação de pessoas idosas como estudantes e participantes de equipes de projetos de pesquisa e extensão, a UnB realizou, no domingo (28), o primeiro vestibular destinado a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

Na primeira edição da seleção 60mais foram abertas 136 vagas, em 37 cursos presenciais, nos quatro campi da instituição. De acordo com a universidade, das 3.013 inscrições de candidatos homologadas, apenas 34,58% dos candidatos não compareceram ao exame. 

O vestibular é um marco histórico no DF na luta contra o etarismo e mostra a intenção da UnB em incluir pessoas idosas no ensino superior. A universidade implantou em 2023 a Política do Envelhecer Saudável, Participativo e Cidadão, que objetiva atender e adequar as necessidades de pessoas idosas na ótica dos direitos humanos, combater o etarismo e  preparar as gerações para o envelhecimento saudável, participativo, digno e cidadão.

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