A educação no Dia Mundial da Luta contra a Aids

Hoje o mundo inteiro se mobiliza pelo Dia Mundial da Luta contra a Aids. Neste ano, a campanha aborda o tema do preconceito e tem nos jovens o público-alvo para trabalhar a temática da prevenção à doença. A assessora técnica do departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde, Isabel Botão, explica que o jovem foi escolhido porque ele vive contextos de vulnerabilidade. “O jovem tem dificuldade em ter o seu direito sexual reprodutivo reconhecido, uns em maior e outros em menor grau. Eles não procuram o serviço de saúde, principalmente os meninos. existe muito preconceito, muito estigma com relação à sexualidade dos jovens e a gente sabe que ainda existe resistência de trabalhar esse tema no ambiente escolar.
A CNTE e os Ministérios da Saúde e da Educação trabalham conjuntamente no projeto “Saúde e Prevenção nas Escolas”. Todos os anos, na semana do dia Mundial de luta contra a AIDS, é feita uma mobilização. Isabel ressalta que materiais de orientação e oficinas são alguns dos recursos usados nas escolas para conscientizar os jovens. “A gente aborda temas como preconceito, estigmas, gêneros, relações de gênero, prevenção das DSTs, AIDS e hepatites virais, questão de raça e etnias. São oito fascículos temáticos. Na verdade, esse material foi escolhido para servir de referência para o dia mundial deste ano. Nós fizemos oficinas preparatórias em todos os estados e no Distrito Federal para que o próprio estado possa articular em suas escolas, com os professores e alunos, ações para este dia”, explica.
Aprendizagem – Cem professores de cada estado foram convidados a vivenciar as oficinas e a utilizar o material. Depois do treinamento, os educadores retornaram aos seus municípios para aplicar o que aprenderam de acordo com a demanda local. Para a assessora do Ministério da Saúde, é necessário dar atenção à realidade vivida pelos jovens que muitas vezes não encontram apoio e espaços onde se sintam mais à vontade para tirar suas dúvidas. De acordo com Isabel, o engajamento dos professores no projeto aumentou com a parceria da Confederação. “A CNTE tem pautado anualmente a questão da prevenção e a promoção da saúde na sua agenda de trabalho. Isso é de extrema importância. A Confederação trabalha com os profissionais de educação, que é o nosso público-alvo e o Ministério da Saúde e educação já trabalham há muitos anos em parceria. A gente percebeu que não é possível apenas a educação e a saúde trabalharem de forma isolada. É preciso ter essa interdisciplinaridade para que a gente alcance os nossos objetivos”, reconhece.
Com informações do site da CNTE