A culpa é dele: Fora Bolsonaro – Classe trabalhadora sofre com o custo de vida no Brasil, mais caro a cada dia

Imagem da revista Le Monde Diplomatique Brasil

Poderia até passar por uma brincadeira, de mau gosto, claro, mas infelizmente a capa da revista Le Monde Diplomatique Brasil deste mês retrata bem o significado do “custo de vida no país”. De forma caricata, mas ao mesmo tempo explicitamente realista, a revista “expõe na vitrine de Paulo Guedes” alguns produtos que, hoje, estão se tornando inacessíveis para a maioria da população brasileira. E a “exposição” tem aumentado cada vez mais.

A explicação para os indicadores econômicos e sociais estarem em queda livre é simples: o crescimento e o investimento caíram, enquanto a inflação, o desemprego, a dívida pública, o déficit primário, a pobreza, a miséria, a fome e a desigualdade cresceram assustadoramente. Hoje, após quase três anos do governo de Jair Bolsonaro, a situação para a classe trabalhadora é crítica e desesperadora.

Desde o início do (des)governo Bolsonaro, a população brasileira assistiu a uma crescente alta nos preços dos mais variados produtos e bens de serviço, movida pela disparada da inflação (9,17% este ano). Se fizermos uma comparação dos valores cobrados por diversos itens nos anos de 2011 e em 2021, a variante assusta ainda mais. O litro de leite passou de R$ 2,49 para R$ 5,18; a gasolina de R$ 2,75 para R$ 7,15; um carro popular (Gol 1.0) de R$ 27,331 mil para R$ 67,790 mil; o gás de cozinha de R$ 38,91 para R$ 102,48; a cesta básica de R$ 266,97 para R$ 693,79; o feijão de R$ 3,45 para R$ 6,91; e a carne de segunda (coxão mole, coxão duro e patinho) de R$ 15,94 para R$ 44,02.

Todo este cenário é resultado da política neoliberal praticada por Bolsonaro e Guedes, que visam um Estado cada vez mais fraco, fator que prejudica diretamente a população brasileira. Além da variação exorbitante nos preços dos mais variados produtos e serviços, as tarifas de água, luz e impostos em geral, as passagens de ônibus e o valor cobrado por diversos serviços sobe quase que diariamente, mostrando a face de um governo que prima pelo empresariado em detrimento do povo brasileiro.

Não bastasse esta avalanche de altas, a inflação está pior a cada dia, o governo trabalha incessantemente para aprovar projetos de lei contra a classe trabalhadora e o futuro se torna cada vez mais nebuloso. Diante de todos estes argumentos, para você de quem é a culpa da alta nos preços em praticamente tudo no Brasil? Tá tudo caro – A culpa é dele: Fora Bolsonaro!

 

A culpa é dele

A campanha “A culpa é dele”, do Sinpro-DF, foi lançada no dia 19 de junho, quando o Brasil ultrapassou o número de meio milhão de pessoas mortas pela Covid-19. O objetivo da campanha é explicar à população, de forma didática, que tanto as milhares de mortes causadas pelo vírus como o desemprego, a fome, a miséria, o desalento, a crescente da violência, o medo têm um culpado: o presidente da república Jair Bolsonaro.

No lançamento da campanha, foi exposta no viaduto da rodoviária do Plano Piloto uma faixa de mais de 30 metros de largura, com os dizeres: “Mais de 500 mil mortos. A culpa é dele. Fora Bolsonaro”. Poucos minutos após a abertura do material, a polícia militar, que segue diretrizes do governo local, impôs a retirada da faixa.

Diante da gravidade do cenário e da exaustão do povo brasileiro frente ao caos em que se encontra o Brasil, o Sinpro-DF deu continuidade à campanha, reabrindo, em diversos locais do DF, essa e outras faixas que denunciam a política anti-povo de Bolsonaro.,

 

 

MATÉRIA EM LIBRAS