Movimentos debatem implantação de cursos noturnos na UnB Ceilândia
A ampliação da oferta de novos cursos no campus da Universidade de Brasília (UnB) em Ceilândia será o tema do Seminário de Extensão “Viabilidade de Implantação de Cursos Noturnos na UnB Ceilândia”. O evento, aberto e com certificação pela UnB, acontece na quinta-feira (21), a partir das 18h30, no Auditório Clélia Parreira, localizado no prédio UAC da Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB Ceilândia (FCTS/UnB Ceilândia).
A proposta é discutir a garantia de trabalhadoras e trabalhadores da região terem condições reais de ingressar e concluir o ensino superior público, fortalecendo a democratização do acesso e a transformação social por meio da educação.
A realização do seminário é fruto da articulação do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia (Cepafre), do Movimento Pró-Universidade Pública de Ceilândia (Mopuc), do Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (Mopocem), do Festival de Rock e Cultura (Ferrock), do Instituto Cultural Menino de Ceilândia e do Movimento Salve Arie JK/Rio Melchior.
A iniciativa conta com o apoio da direção da Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB Ceilândia (FCTS), do Grupo Consciência – Estudos e Pesquisas em Materialismo Histórico-Dialético e Educação, do grupo Pós-Populares – Democratização do Acesso à Universidade Pública pelo Chão da Pesquisa, ambos da Faculdade de Educação (FE) da UnB, além de estudantes da FCTS.
Luta histórica
A mobilização pela expansão da universidade pública em Ceilândia tem raízes antigas. Desde o fim da década de 1980, a população reivindica vagas no ensino superior gratuito para atender à cidade e seu entorno. O primeiro movimento organizado surgiu entre 1987 e 1988, com a criação do Movimento Pró-Universidade Popular em Ceilândia (Mopuc). Em 1989, a articulação se transformou em Associação Movimento Pró-Universidade em Ceilândia (Amopuc) e, em 2003, foi retomada sob a denominação de Movimento Pró-Universidade Pública de Ceilândia (Mopuc).
Esse esforço coletivo conquistou avanços importantes com a criação da Faculdade de Ceilândia (FCE). Em 2007, a ser renomeada para Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB Ceilândia (FCTS UnB Ceilândia), a instituição ficou restrita a apenas uma área de formação, concentrada no campo da saúde. A limitação motivou a retomada da luta social em prol da diversificação das graduações e da abertura de cursos em outros turnos.
Pesquisa
A democratização do acesso da classe trabalhadora à universidade pública e gratuita é uma das lutas que marcam a história do movimento docente no Distrito Federal. Os movimentos Mopuc, Mopocem, Cepafre, Grupo Consciência – Estudos e Pesquisas em Materialismo Histórico-dialético e Educação (FE/UnB) e Pós-populares – Democratização do Acesso à Universidade Pública pelo Chão da Pesquisa (FE/UnB) convidam a todos e todas para participar da pesquisa sobre os cursos noturnos na Ceilândia.
Basta preencher o formulário disponível em abrir.link/ixARM e contribuir com informações do seu interesse e preferência sobre cursos de Educação Superior. Os dados coletados subsidiarão o debate no Seminário “Viabilidade de Implantação de Cursos Noturnos na UnB Ceilândia”.