8º Festival Chica de Ouro do CED São Francisco – São Sebastião

Após uma paralisação de dois anos devido à pandemia de Covid-19, o Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião, retomou um projeto exitoso na escola: o Festival Chica de Ouro. Em sua oitava edição, o CED promoveu o Festival de Cinema, onde os(as) estudantes(as) puderam produzir curtas metragens sobre temas relevantes para a sociedade, exemplo do debate sobre movimento negro, pessoas com deficiência, causas LGBTQIA+, arte e protagonismo.

O festival premiou como melhor filme Um sonho (IM) possível, que retrata a vida de uma estudante pobre e com vários problemas, mas que consegue superar as dificuldades e se tornar professora do ensino médio. Foram dez premiações para melhor filme, melhor diretor, atriz, ator, roteiro, entre outros, além de três premiações para as 3 melhores fotografias no Concurso de Fotografia. O professor e ex-diretor do Sinpro, Gabriel Magno, eleito deputado distrital, participou do evento como convidado.

Jorge Oliveira, coordenador pedagógico da escola, explica que o filme vencedor trata da questão da desigualdade social, de uma estudante extremamente pobre, com uma série de problemas em casa, como violência doméstica, automutilação, vulnerabilidade alimentar, e que apesar de tudo isto, a sua dedicação aos estudos fez com que ela superasse todas essas barreiras e se tornasse professora de Artes do ensino médio. “O valor pedagógico deste projeto é altamente relevante, porque desenvolve a capacidade de trabalho em conjunto, a capacidade da resolução de problemas, do desenvolvimento da autonomia e principalmente a libertação em relação a várias questões sensíveis, que são sempre temas do nosso festival, como movimentos LGBTQIA+, negros, igualdade racial e desigualdade social”, diz o professor, enfatizando que o projeto é feito por muitas mãos, exemplo da coordenadora Fabíola Lima.

A diretora do Sinpro Leilane Costa ressalta que o projeto é extremamente relevante para a comunidade escolar. “O projeto é muito importante para a comunidade escolar, principalmente para os estudantes, pois São Sebastião é uma regional carente de espaços culturais, como teatros, cinemas, e ter uma escola de ensino médio que disponibiliza um projeto como este é aumentar a inserção cultural desses estudantes. De alguma maneira eles conseguem ter acesso a estes mecanismos culturais”, finaliza Leilane.