342 professores do Amazonas testaram positivo para Covid-19 após volta às aulas

Categoria decidiu paralisar as atividades presenciais e manter as aulas remotas em protesto contra decisão do governador do estado que insiste em manter as aulas presenciais, apesar da falta de segurança

notice

 

Apenas 20 dias após o retorno das aulas presenciais do ensino médio da rede estadual, o Amazonas registra 342 professores infectados com Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, que já matou mais de 121 mil brasileiros.  

O maior número de registros ocorreu, até o momento, ocorreu na Escola Estadual José Bernardino Lindoso, com 28 casos positivos. Outras duas escolas, a Severiano Nunes e a Samuel Benchimol, têm dez casos cada..

Este cenário trágico é a razão da greve que a categoria iniciou nesta terça-feira (1º).  No primeiro dia da paralisação, 50% das 123 das escolas aderiram ao movimento, apesar das ameaças do governo do estado, comandado por Wilson Miranda Lima (PSC), que insiste em manter as aulas presenciais, apesar da pandemia não estar controlada no estado nem as escolas terem condições de segurança para este retorno. Se o governador não voltar atrás, professores vão paralisar tudo, aulas remotas e presenciais na luta pela vida. 

Rumo à greve: Em Manaus, trabalhadores da educação protestam contra aula presencial

A informação sobre o total de professores contaminados por Covid-19 no Amazonas é da Fundação de Vigilância de Saúde. De acordo com o órgão, em dez dias de testagem em massa, 619 profissionais de educação do estado  testaram positivo para a doença. Todos foram afastados para período de isolamento de 14 dias – 476 estavam fora do período de transmissão e 153 com infecção recente. O governo anunciou os testes após o retorno das aulas presenciais na rede estadual, que ocorrem desde o dia 10 de agosto.

Ainda de acordo com a Fundação, foram realizados 2.051 testes rápidos entre os dias 18 e 28 de agosto.

A FVS informou que ampliou a equipe de realização de testes rápidos para diagnóstico de Covid-19, que passará a contar com mais 20 técnicos do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). Por meio dessa medida, espera-se chegar aos 600 atendimentos diários no Centro de Convenções de Manaus (Sambódromo), local onde está concentrada a realização dos testes voltados aos profissionais da educação da rede estadual.

Manaus foi a primeira capital que retornou às escolas, mesmo o estado tendo batido recordes de contaminação por Covid-19 há cerca de três meses. Em maio, o Amazonas chegou a ultrapassar as regiões Sul e Centro-Oeste juntas em número de pessoas infectadas, o sistema de saúde colapsou e muitos morreram por falta de assistência.

*Com informações do G1 e do UOL

Reprodução: CUT