3 de março – Dia Mundial da Audição

A luta pela conscientização da sociedade acerca da deficiência auditiva e pela promoção de cuidados auditivos foi acolhida no dia 3 de março, Dia Mundial da Audição. A data é tratada como uma questão de saúde pública e lembrada anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), trazendo como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da audição e promover ações a fim de prevenir a perda auditiva e a melhoria dos cuidados auditivos.

A perda auditiva pode surgir durante o crescimento da criança. Os pais e mães devem estar atentos para buscar ajuda médica a qualquer sinal de dano auditivo. Os problemas auditivos infantis não tratados podem provocar atraso na aquisição da linguagem, repercutindo em seu rendimento escolar e nas relações sociais.

Segundo relatório da OMS, atualmente existem cerca de 466 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. Isso representa 6,1% da população global. Até 2050, 900 milhões de pessoas poderão vir a ter surdez, ou seja, o número de pessoas irá quase dobrar. A Organização Mundial da Saúde ainda revela que um nível de som é considerado prejudicial a uma pessoa quando está acima de 85 decibéis, durante 8 horas por dia. Isso equivale ao barulho de um trânsito intenso, por exemplo. A perda auditiva, em alguns casos, pode ser evitada. Para crianças, 60% dos casos podem ser impedidos com ações de imunização contra rubéola e meningite, e tratamento precoce de doenças inflamatórias do ouvido médio.

 

Investimento público

Além dos cuidados preventivos, o investimento por parte dos governos locais e federal é importante e necessário para o combate contra a perda auditiva. Em 2021, um relatório mundial lançado pela OMS destacou o número crescente de pessoas vivendo com e em risco de perda auditiva. O documento também identificou o controle de ruído como uma das sete principais intervenções e enfatizou a importância de mitigar a exposição a sons altos.

Outro ponto necessário é o investimento em escolas para receber crianças, jovens e adolescentes com problemas auditivos. “A carência de investimentos públicos financeiros, que são necessários à formulação de política públicas com cobertura universal e preventiva para a integração dos cuidados, é escassa e necessária. Precisamos do apoio dos governos, parceiros da indústria e sociedade civil para conscientizar e implementar padrões baseados em evidências que promovam a escuta segura e boas práticas. Além disto, lutamos por mais investimentos na educação inclusiva, ponto falho na educação brasileira”, ressalta Calos Maciel, diretor do Sinpro.

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