29 de maio: Dia Nacional de Luta e Paralisação

A CUT e movimentos sociais convocam para 29 de maio o Dia Nacional de Luta e Paralisação. Em todo o país ocorrerão protestos em locais de trabalho e de grande concentração, atos e manifestações de rua, paralisações parciais e totais de trabalho, na cidade e no campo.
Trabalhadores estarão expressando repúdio ao maior ataque e roubo de direitos trabalhistas da história e ao avanço da direita contra as conquistas dos trabalhadores. “Será um grande não à direita e ao retrocesso. Nós, trabalhadores, não aceitamos pagar por qualquer crise com desemprego, rebaixamento de salários, maior jornada de trabalho, mais adoecimento, mais insegurança, menos saúde e educação para nossas famílias. Não mexam em nossos direitos. Não aceitamos nenhum passo atrás”, avisa Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.
Em Brasília, todas as categorias profissionais e seus sindicatos estão organizando formas de manifestação contra o PL 4330 (rebatizado de PLC 30 no Senado), que flexibiliza e precariza generalizadamente o trabalho, contra as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 que restringem benefícios como licença-saúde, pensões e seguro-desemprego.
A CUT Brasília e suas entidades filiadas promoverão várias atividades. Os servidores e terceirizados do GDF, por exemplo, têm uma programação especial. Realizam um ato no dia 29, às 10h, na praça do Buriti, para protestar contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que pretende derrubar as leis distritais que asseguram conquistas nas carreiras de mais de 30 categorias de servidores do DF. A medida afetará mais de 100 mil servidores.
Com apoio e solidariedade de trabalhadores do setor privado e do campo, a manifestação no Buriti repudiará também a decisão do governo Rollemberg de cortar 20% dos contratos de fornecedores. A medida afeta drasticamente empregos e as condições de trabalho dos cerca de 30 mil terceirizados que prestam serviços em repartições públicas, como escolas, hospitais, postos de saúde etc. Por conta de cortes e irregularidades nos repasses às fornecedoras pelo GDF, as empresas prestadoras de serviços atrasam pagamentos de salários e de auxílios alimentação e transporte dos terceirizados, descumprem acordos coletivos, tratando com desrespeito os milhares de trabalhadores e afetando a qualidade dos serviços oferecidos à população.
“Vamos mostrar aos patrões, aos parlamentares aliados do empresariado e do capital financeiro, aos setores conservadores e neoliberais, aos governos federal e distrital que a classe trabalhadora quer desenvolvimento com justiça social, com mais emprego, mais distribuição de renda, mais políticas públicas sociais, mais igualdade de oportunidades e de direitos. Quer avanços e não retrocesso”, afirma Rodrigo Britto.