25 de agosto | Dia Nacional da Educação Infantil
Neste 25 de agosto, celebramos o dia nacional da Educação Infantil. É a fase da educação que vai preparar as crianças para sua formação escolar, social e cidadã.
É na educação infantil que a gente aprende a segurar corretamente no lápis e desenvolve a coordenação motora fina que vai viabilizar a escrita – aprendizados que são basilares para toda uma vida. É também essa fase da escola que promove o primeiro momento da socialização dos indivíduos, e as crianças aprendem a negociar e respeitar o espaço do outro.
O(a) profissional que atua nessa fase da educação é frequentemente desvalorizado(a): seu trabalho poucas vezes é entendido como um processo extremamente complexo, que requer formação e conhecimento de ponta.
O Distrito Federal não tem muito o que celebrar neste 25 de agosto. Dados do Censo Escolar de 2023 dão conta de que menos de 50% da população público-alvo da educação infantil está matriculada na rede pública de ensino – a maioria na faixa etária de 0 a 3 anos.
O descaso com a educação infantil é marca registrada do governo Ibaneis e Celina: a lista de espera da SEE-DF por vagas em creches chega a 14 mil crianças, enquanto o GDF se “orgulha” de abrir pouco mais de 1.100 vagas para “suprir” essa alta demanda. “Vale lembrar que, para além do direito da criança à vaga na rede pública de ensino, uma vaga em creche é também o direito da mãe trabalhadora que, com seu filho recebendo toda a atenção que merece na primeira infância, pode trabalhar com tranquilidade e segurança”, lembra a professora Olga Freitas, Pedagoga, Doutora em Educação e Mestra em Neurociência do Comportamento, dentre outras qualificações.
O problema da educação infantil no DF extrapola a questão do déficit de vagas, segundo a professora Olga: “Ele esbarra, também, na falta de infraestrutura, na ausência de novas salas de aulas e novas escolas, falta de formação de professores(as), na falta de aquisição de materiais, equipamentos e recursos didáticos necessários para o pleno desenvolvimento das crianças nessa faixa etária. É um conjunto de fatores que demonstram o desinteresse e a falta de investimento na educação infantil”, lamenta.
A educação especial na educação infantil também passa por sérias negligências do governo Ibaneis/Celina, que fecha turmas específicas para estudantes com necessidades educacionais especiais, e encaminha diversas crianças que precisariam de atenção diferenciada para turmas regulares. A falta de investimento e de gestão do GDF são ingredientes da receita do caos na educação infantil.
É importante lembrar que a educação infantil é a base sólida para que a criança se desenvolva plenamente e alcance os níveis mais avançados de escolarização, de forma bastante significativa. Essa fase também é crucial por outro fator muito importante: “É a partir da educação infantil que a gente vai garantir as condições para a permanência, a aprendizagem com êxito e a plena participação dessas crianças na escola e no processo de ensino e aprendizagem”, lembra a professora Olga.
Enquanto isso, o governo federal anunciou recursos para a construção de 2500 novas creches em todo o território nacional, por meio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O Distrito Federas será contemplado com a construção de duas novas creches.
É importante cobrar a aplicação desse recurso em áreas que requerem mais esse investimento.
O Sinpro está sempre na defesa dos e das profissionais da educação infantil, uma fase tão basilar para a vida de uma pessoa.
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