22 de março – Dia Mundial da Água
Diante da poluição, do descaso e de toda degradação com a água, o dia 22 de março ganha uma preocupação ainda maior na comemoração do Dia Mundial da Água. Diante da ofensiva do capitalismo na tentativa de se apropriar de reservas de água em todo o mundo com o objetivo de obter lucro, celebrar este dia é celebrar, sobretudo, a resistência de todos e todas que lutam pela sua preservação.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relata que uma em cada sete pessoas no mundo não tem acesso à água potável. Além disso, o crescimento da população global e a mudança nos padrões de consumo levam a uma maior demanda por recursos hídricos. A preocupação denota a necessidade de um consumo inteligente e consciente, assim como da diminuição do desperdício, pautas cada vez mais recorrentes no cenário global.
Segundo um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, feito a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o Brasil desperdiça 39,2% de toda a água potável que é captada. Isso significa que a água não chega ao seu destino final, mostrando que essa quantidade desperdiçada seria suficiente para abastecer mais de 63 milhões de brasileiros(as) em um ano.
Importância para a sobrevivência humana
A água é essencial para a sobrevivência de todo o ser vivo. Apesar de tamanha importância, são os próprios seres humanos os responsáveis pela poluição deste recurso natural através de ações incorretas, ações que vão atingi-los de forma direta. Além de ser o principal constituinte do corpo humano e essencial para o pleno funcionamento do organismo, a água é utilizada para alimentação e sobrevivência dos animais e plantas.
A preservação deste recurso está diretamente ligada à redução drástica de resíduos, entulhos e produtos tóxicos que são despejados no meio ambiente, evitar a poluição das águas que aparecem sob diversas formas, como através de poluição térmica (descarga de efluentes e altas temperaturas), poluição física (descarga de material em suspensão), poluição biológica (descarga de vírus e bactérias patogênicas) e poluição química (acontece devido a deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização).
Para o Sinpro, é preciso celebrar a água, mas, também, lutar para que este recurso não seja visto como uma mercadoria, mas como um recurso escasso e finito. “É preciso lutar contra a visão redutora do capitalismo e esta luta é dever de cada um de nós. Além da conscientização da população mundial em relação à educação ambiental, atitudes do dia-a-dia fazem a diferença. Se cada um reduzir um a dois minutos do tempo de banho diário, três a seis litros de água serão economizados. Se multiplicar este volume pelo número de habitantes presentes em uma cidade, os resultados trarão impactos positivos e vão fazer a diferença”, salienta o diretor do Sinpro Raimundo Kamir.