22 de março – Dia Mundial da Água

Fonte da vida e recurso natural essencial para a sobrevivência humana, animal e vegetal, a água é, também, elemento representativo de valores sociais, culturais e fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário. Diante de uma importância tão grande, em 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água, apresentando a necessidade de se debater o que estamos fazendo para preservar este recurso.

A data foi instituída pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992. A Organização das Nações Unidas (ONU) pretendia chamar a atenção para a necessidade de preservação desse recurso natural sem o qual não haveria nenhuma vida na Terra.

Trinta e dois anos depois que a data foi instituída e, embora a conscientização da população tenha aumentado – pela maior oferta de informação e pela militância dos grupos de defesa do meio-ambiente -, a destruição da água também aumentou. Em 2021, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) lançou um relatório que aponta que tanto os impactos quanto as causas das mudanças climáticas vão exigir mudanças maiores no uso e no reaproveitamento dos recursos limitados de água do planeta. O relatório pede esforços concentrados em três áreas: 1) capacitar as pessoas a se adaptar aos impactos da mudança climática; 2) aumentar a resiliência dos meios de subsistência; 3) combater os fatores que provocam a mudança climática.

Dados da Unesco revelam que atualmente, 2,2 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável e outras 4,2 bilhões – ou 55% da população mundial – não possuem saneamento básico. Além da escassez de água, enfrentamos ainda o problema da poluição causada por atividades humanas. Essas atividades quase sempre são patrocinadas pelas grandes indústrias e pelo agronegócio.

 

UnB atua com iniciativas educativas pelo direito à água

A Universidade de Brasília (UnB) realiza um projeto de extensão em articulação com os movimentos populares, tanto movimento de trabalhadores com ambientalistas para a questão de enfrentamento social das famílias sem água nas Aris (Área de Relevante Interesse Social), sendo 39 Aris de acordo com o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).

Com importantes temáticas, o programa prioriza a estratégia de comunicação e divulgação sobre a gravidade da emergência sanitária no DF, com diversas localidades sem água potável, um problema sério que se intensificou ainda mais durante a pandemia, atingindo dramaticamente as famílias mais vulneráveis.

Desta forma o projeto pretende dar visibilidade a essas famílias que, segundo o programa Água Legal do DF, existem mais de 200 mil pessoas nas Aris em Estrutural, Por do Sol, Sol Nascente e Ceilândia

Para o Sinpro, é preciso celebrar a água, mas, também, lutar para que este recurso não seja visto como uma mercadoria, mas como algo escasso e finito. É preciso lutar contra a visão redutora do capitalismo e esta luta é dever de cada um de nós. Além da conscientização da população mundial em relação à educação ambiental, atitudes do dia-a-dia fazem a diferença.

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