21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres: confira a programação

No próximo dia 20 de novembro, começa no Brasil a Campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Parceiro, o Sinpro realizará uma série de ações alusivas ao tema.

Como forma de levar a mobilização para dentro das escolas, o Sindicato preparou um cartaz que traz informações gerais sobre os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, agenda de atividades e dados sobre violência doméstica e feminicídio no DF.

 

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“Os cartazes serão afixados em todas as escolas do DF. Isso porque é urgente que esses espaços também sejam centrais na formação da conscientização dos futuros – e atuais – adultos quanto aos direitos e à dignidade das mulheres. O fim da violência contra as mulheres é central para a construção de um mundo justo e igualitário”, afirma a secretária de Mulheres do Sinpro Mônica Caldeira.

Na agenda ativista do Sinpro pelos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres já estão confirmadas seis atividades.

O Sinpro realizará a “Imersão de Mulheres no Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres”, uma atividade formativa e de integração. A ação será dia 9 de dezembro, das 9h às 16h30, na Chácara do Sinpro.

Outras ações, que contam com a parceria do Sinpro, serão realizadas antes.

No dia 19 de novembro, a CUT-DF realizará o debate “Da Revolta da Chibata aos dias de hoje”. A atividade será das 8h às 12, na 208 do Eixão Norte.

Também de iniciativa da CUT-DF, será exibido o documentário “A Voz é Delas – histórias não contadas das sindicalistas”, seguido de debate sobre violência política de gênero. A atividade será dia 23 de novembro, às 19h, no Tatro Mapati (707 Norte).

Já no dia 25 de novembro, a CUT-DF realizará lançamento da campanha de combate ao assédio moral e sexual nos ambientes de trabalho, nas redes da Central, do Sinpro e sindicatos.

Já no dia 2 de dezembro, o Sindicato dos Bancários de Brasília realizará o seminário “Viva Sem Violência – Bancárias pelo fim da violência contra as mulheres”. A ação será a partir das 9h, no Teatro dos Bancários de Brasília (314/315 Sul).

A CUT ainda exibirá o filme “Verde-Esperanza”, seguido de debate. A atividade será dia 8 de dezembro, às 19h, no auditório da Central.

“É essencial que todas as professoras e orientadoras educacionais participem da nossa agenda ativista. Somos uma categoria majoritariamente formada por mulheres. Isso indica que, consequentemente, também somos uma das categorias formada, em grande parte, por vítimas de violência. Estar consciente disso e se somar à luta pelos direitos e pela dignidade das mulheres, portanto, é uma tarefa que renderá resultados importantes para nós e para toda a sociedade”, avalia a diretora do Sinpro Regina Célia.

A também diretora do Sinpro Silvana Fernandes lembra que a luta pelo fim da violência contra as mulheres também deve ser dos homens. “A campanha dos 21 dias é um marco, mas a luta deve ser todo dia, inclusive pelos homens. Ações básicas, como conscientizar amigos sobre a importância do respeito às mulheres, ou denunciar casos de agressão contra as mulheres, podem e devem ser adotadas pelos homens. E por mais simples que sejam, têm potencial grande para a mudança do cenário que vivemos hoje”, orienta.

A Campanha
A campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é realizada desde 1991, mundialmente. Internacionalmente, a campanha começa dia 25 de novembro, Dia Internacional da Eliminação
da Violência contra as Mulheres, e termina no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, totalizando 16 dias de ativismo.

No Brasil, a campanha começa antes: no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para enfatizar a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras.

Dados alarmantes
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, de janeiro a junho deste ano, forma cometidos 20 feminicídios. 70% deles dentro de residências e, na maioria das vezes (85%), por ciúme, posse e não aceitação do término. 85% das mulheres assassinadas pelo simples fato de serem mulheres eram pretas/pardas, e 45% dos autores de feminicídio possuíam relação íntima de afeto com a vítima.

Publicado originalmente em: 26 de outubro de 2023